Bolsonaro acusa de “oportunista”, Zema apresenta candidatura natimorta à 2026
O jeito mineiro não compensou a falta de apoio de figuras importantes, a instabilidade política do Novo e, principalmente, a reação negativa do público …

O governador de Minas Gerais, Romeu Zema, optou por lançar sua candidatura à Presidência em São Paulo. Ele se apresentou como um líder destinado a conduzir a direita em 2026. Contudo, ficou claro o isolamento político e a vulnerabilidade de uma candidatura que já nasce sob risco de ser despromovida.
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Em face de uma multidão de ativistas do Novo e acompanhado por políticos de pouca relevância, incluindo o ex-procurador e deputado cassado Deltan Dallagnol, Zema declarou que erradicaria o PT do cenário e extinguiria a “ditadura do Judiciário”.
A estratégia de imitação do cenário bolsonarista não se concretizou, e os filhos do ex-presidente, Carlos e Eduardo, criticaram governadores como Zema, classificando-os como “ratos oportunistas”.
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O aspirante a gestor buscou projetar a imagem de um administrador competente que “reconstruiu” Minas. Afirma ter assegurado o pagamento de salários e atraído uma frota de investimentos de empresas privadas. Os dados que não foram divulgados publicamente revelam outra narrativa.
A dívida do estado, compreendendo débitos com a União, aumentou 51% durante seu mandato, saltando de 124,7 bilhões de reais em 2020 para 188,7 bilhões em 2024. Nas estradas, a situação é parecida, com buracos e pedágios altos, e uma obra de 40 milhões de reais recuperou a rodovia que dá acesso ao sítio da família Zema, na divisa com São Paulo.
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A intervenção, financiada com recursos públicos, gerou reação na Assembleia Legislativa e levou a oposição a acusar o governador de favorecer interesses particulares. O Ministério Público arquivou o caso. Para alguns, a obra representa a distância entre a narrativa de austeridade e o uso dos recursos do Estado.
O governador Zema aumentou seu salário em quase 300%, elevando-o para R$ 41,8 mil mensais, em 2023. Servidores receberam um reajuste de 3% na mesma época. O governo mantém sigilo sobre R$ 25 bilhões em renuncias fiscais.
Após o primeiro governo, antes da revisão, comunicava com regularidade que destinava o salário e mencionava a instituição que recebia. Entretanto, após o incremento, alterou de estratégia.
“Não gosto de falar sobre isso porque acredito que não devo me exibir por estar ajudando”, respondeu recentemente ao ser questionado se continuava doando.
Desde sua eleição, Zema acumulou declarações que evidenciam desconexão com a realidade. Comparou indivíduos em situação de rua com veículos estacionados irregularmente, como se deveriam ser removidos.
Em entrevistas, afirmou que os estados do Norte e Nordeste são “vaquinhas magras que produzem pouco”, sugerindo que apenas o Sul e o Sudeste “fazem o país dar certo”. Relativizou a ditadura militar como “questão de interpretação”. Classificou a Inconfidência Mineira como um “golpe” e chegou a compartilhar uma frase atribuída ao fascista Benito Mussolini.
Na segurança pública, Zema viajou para El Salvador. Visitou o país do ditador Nayib Bukele e elogiou as prisões em massa que reduziram homicídios no país centro-americano, sem mencionar denúncias de torturas e centenas de mortes sob custódia.
Na Penitenciária Pública de Minas Gerais, a restrição à circulação de cigarros gerou revoltas e atos de autolesão, após a proibição sem oferecer apoio a dependentes químicos, o que foi criticado pela Defensoria Pública como “abstinência forçada”.
O evento em São Paulo também expôs contradições na base de apoio. A maior parte dos políticos de direita e extrema-direita não compareceu. Dos três vereadores do Novo em Belo Horizonte, apenas um viajou. O quadro reforça a impressão de que Zema subiu ao palco sem preparado. Fala em liderar a direita, mas não mobiliza nem seus correligionários.
A comunicação, orquestrada pelo marqueteiro Renato Pereira (ex-Aécio Neves), busca viralizar. O episódio da banana engolida com a casca, concebido como protesto contra a inflação, transformou-se em piada nacional. O gesto contribuiu para consolidar a imagem de político performático, porém não de presidencialável competitivo.
O evento em São Paulo apresentava características de uma convenção motivacional. O governador utiliza essa camisa de gola polo e adota um sotaque para parecer simples, apesar da riqueza e dos negócios que recebeu da família.
O jeito mineiro não compensou a falta de apoio político importante, a instabilidade do Novo, partido sem exposição na mídia e sem estrutura partidária consistente, e principalmente, o apoio popular que veio dos filhos de Bolsonaro.
Zema buscou a candidatura à presidência para herdar o legado bolsonarista. Abandonou a imagem de oportunista construída durante o fim de semana. Com falta de apoio político, poucos aliados e sem o respaldo da família que almeja a sucessão.
Fonte por: Carta Capital
Autor(a):
Redação Clique Fatos
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