Bolsas na Europa diminuem com negociações e confronto entre Trump e Powell
A inflação anual ao consumidor no Reino Unido subiu para 3,6% em junho, ultrapassando as previsões e divergindo do objetivo estabelecido pelo Banco da I…

As bolsas da Europa, em sua maioria, encerraram em baixa nesta quarta-feira (16) em sessão marcada pela cautela diante das negociações da União Europeia (UE) com os Estados Unidos, com a possível aplicação de tarifas de 30% por Washington sendo uma realidade em avaliação. Além disso, o fechamento do pregão no continente foi marcado pelos relatos de que o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, avança em medidas para demitir o comandante do Federal Reserve (Fed), Jerome Powell. O dia também teve a repercussão de balanços, que resultaram em quedas significativas no caso de Renault e ASML.
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O índice pan-europeu Stoxx 600 encerrou em queda de 0,57%, aos 541,84 pontos. Em Londres, o FTSE 100 desvalorizou-se 0,13%, atingindo 8.926,55 pontos. Em Frankfurt, o DAX registrou uma variação de -0,21%, situando-se em 24.009,38 pontos. Em Paris, o CAC 40 apresentou uma queda de 0,57%, aos 7.722,09 pontos.
Um número crescente de Estados-membros da UE deseja que o bloco utilize sua ferramenta comercial mais poderosa contra os EUA caso os dois lados não cheguem a um acordo aceitável até 1º de agosto e Trump cumpra sua ameaça de impor tarifas de 30%. Mais de meia dúzia de capitais europeias apoiam a iniciativa da França de implementar o chamado Instrumento de Contra-Coerção da UE (ACI). Vários estão mais cautelosos, enquanto outros ainda não se manifestaram, relata a Bloomberg. A questão foi discutida em uma reunião de ministros do Comércio na segunda-feira, dia 21.
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Em Londres, a Rio Tinto avançou 0,22%, após a empresa divulgar a segunda maior produção trimestral em suas minas de minério de ferro australianas desde 2018. Em Paris, a Renault despencou 18,47% após reduzir suas metas financeiras para o ano, em meio à forte concorrência de rivais chinesas, enquanto a ASML caiu 9,42% em Amsterdã, depois de revisar suas previsões anuais para baixo diante das incertezas sobre o impacto da ofensiva tarifária dos EUA.
A ação da Richemont, controladora da Cartier, avançou 1,15% em Zurique, após apresentar crescimento nas vendas com aumento da procura por joias. As ações de outras empresas de luxo apresentaram desempenho positivo. Ferrari subiu 2,12% e a Brunello Cucinelli ganhou 0,38% em Milão. Na mesma cidade, a Stellantis decidiu interromper seu programa de desenvolvimento de tecnologia de célula de combustível a hidrogênio, caindo 6,21%, e o FTSE MIB caiu 0,40%, atingindo 39.762,52 pontos. Em Madri, o Ibex 35 subiu 0,08%, a 13.885,70 pontos. Em Lisboa, o PSI 20 perdeu 0,17%, a 7.694,04 pontos.
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No âmbito macroeconômico, evidenciou-se o aumento da taxa anual de inflação ao consumidor (CPI) do Reino Unido, que atingiu 3,6% em junho, ultrapassando as previsões e distanciando-se significativamente do objetivo do Banco da Inglaterra (BoE).
Como a economia brasileira será afetada com a política de tarifas de Trump?
Fonte por: CNN Brasil
Autor(a):
Gabriel Furtado
Gabriel é economista e jornalista, trazendo análises claras sobre mercados financeiros, empreendedorismo e políticas econômicas. Sua habilidade de prever tendências e explicar dados complexos o torna referência para quem busca entender o mundo dos negócios.