Bolsas da Europa anunciam resultados contrastantes, atentos à alta dos preços e à situação na região

As bolsas da Europa encerraram sem sinalização inequívoca nesta terça-feira (22), devido à cautela nas negociações comerciais entre a União Europeia e os Estados Unidos, em razão do aumento da percepção de que o bloco poderá adotar medidas retaliatórias caso um acordo com o presidente Donald Trump não seja atingido antes do prazo de 1º de agosto.

Ademais, as perspectivas para a decisão de juros do BCE, juntamente com a temporada de balanços, permanecem sendo acompanhadas nesta semana.

O índice pan-europeu Stoxx 600 encerrou em declínio de 0,46%, atingindo os 544,05 pontos. Em Londres, o FTSE 100 avançou 0,12%, situando-se em 9.023,81 pontos. Em Frankfurt, o DAX caiu 1,15%, registrando 24.027,17 pontos. Em Paris, o CAC 40 apresentou queda de 0,69%, com 7.744,41 pontos – as cotações são preliminares.

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O governo francês deseja que Bruxelas pressione Washington, visto que as negociações comerciais transatlânticas avançam sem que haja acordo à vista.

A França acredita que os negociadores europeus devem indicar que estamos preparados para acionar o “botão vermelho” caso Trump se recuse a aceitar os termos estabelecidos.

Uma segunda fonte afirmou que a Comissão Europeia deveria admitir que está lidando com um aliado que “está aumentando as tensões em uma guerra comercial que ela mesma iniciou”.

O ING aponta na política monetária que a precificação de mercado está fortemente ancorada em torno de uma faixa de acomodação em taxas de 1,75%, embora o momento da próxima redução da taxa de juros pelo BCE ainda seja incerto.

A avaliação indica que a probabilidade é nula, elevando-se para cerca de 50% em setembro.

As incertezas incluem as tensões comerciais, às quais os mercados demonstraram maior sensibilidade. A posição do BCE sobre os potenciais riscos tarifários pode, portanto, ser um fator determinante para movimentos expressivos nas taxas, afirma o banco.

Um clima mais pessimista pode levar os mercados a repensar uma meta de 1,5%, como ocorreu imediatamente após o “Dia da Libertação” em abril.

Entre os balanços, a ação da Akzo Nobel caiu 3,17% em Amsterdã, após a empresa de tintas e revestimentos divulgar prejuízo trimestral abaixo do esperado e diminuir suas previsões para o ano.

As ações da Sartorius apresentaram queda de 4,37% em Frankfurt após a empresa de biotecnologia divulgar uma receita do segundo trimestre inferior às expectativas do mercado.

O Compass Group subiu 5,39% em Londres após o conglomerado britânico do setor de catering anunciar a aquisição do concorrente holandês Vermaat Groep, por 1,5 bilhão de euros, e aumentar sua projeção para 2025. Na mesma terça-feira, espera-se o balanço do banco italiano UniCredit.

Em Milão, o FTSE MIB manteve-se em 40.165,15 pontos. Em Madri, o Ibex35 desvalorizou-se 0,07%, atingindo 14.022,30 pontos. Em Lisboa, o PSI 20 subiu 0,97%, a 7.746,21 pontos.

Compreenda a política tarifária de Trump em relação ao Brasil e seus efeitos na economia.

Fonte por: CNN Brasil