Projeções do Boletim Focus: Inflação e Juros em Foco
O Boletim Focus, divulgado pela segunda-feira, 24 de novembro de 2025 pelo Banco Central, traz um panorama otimista para a inflação brasileira em 2025. As projeções indicam que o Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), a principal medida de inflação do país, fechará o ano em 4,45%.
CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE
Essa é a segunda semana consecutiva em que as previsões do mercado financeiro apontam para um resultado abaixo do teto da meta estabelecida.
Projeções para o PIB e Inflação
Além da inflação, o Boletim Focus manteve as projeções de crescimento do Produto Interno Bruto (PIB) para os próximos anos. O mercado prevê um crescimento de 2,16% em 2025, 1,78% em 2026 e 1,88% em 2027. A meta de inflação, definida pelo Conselho Monetário Nacional (CMN), é de 3%, com uma margem de tolerância de 1,5 ponto percentual acima ou abaixo.
CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE
Revisão das Projeções e a Selic
As projeções para o IPCA de 2025 foram revisadas para baixo ao longo das últimas semanas. Inicialmente, a previsão era de 4,56%, mas agora está em 4,45% e, anteriormente, em 4,46%. Essas revisões refletem a menor inflação de outubro (0,09%), a menor desde 1998, que reduziu a inflação acumulada em 12 meses para 4,68%, a primeira vez em 8 meses que o patamar ficou abaixo de 5%.
A Selic em Perspectiva
Para alcançar a meta de inflação, o Banco Central utiliza a taxa básica de juros, a Selic, atualmente definida em 15% ao ano pelo Comitê de Política Monetária (Copom) do BC. Devido à melhora na inflação e à desaceleração da economia, a Selic foi mantida pela terceira vez seguida.
LEIA TAMBÉM!
No entanto, o Copom não descarta a possibilidade de aumentar os juros se julgar necessário.
Fatores que Influenciam a Selic
A decisão do Copom leva em consideração diversos fatores, como o risco de inadimplência, o lucro dos bancos e as despesas administrativas, além da própria inflação. A Selic é uma ferramenta para controlar a demanda e, consequentemente, os preços.
Quando a taxa é reduzida, o crédito fica mais barato, incentivando o consumo e a produção, mas também pode levar a um aumento da inflação.
Projeções do Câmbio
Em relação ao câmbio, o mercado financeiro projeta que o dólar fechará o ano cotado a R$ 5,40. As projeções para 2026 e 2027 permanecem estáveis, em R$ 5,50 e R$ 10,50, respectivamente.
