BNDES, Marinha e Cemaden firmam protocolo para prevenção de desastres naturais
O BNDES (Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social), a Marinha do Brasil e o Cemaden (Centro Nacional de Monitoramento e Alertas de Desastres Naturais) assinaram, nesta sexta-feira (7), em Belém, um protocolo de intenções. O objetivo é promover a cooperação em prevenção, monitoramento e resposta a desastres naturais.
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A assinatura ocorreu no navio Atlântico, que está ancorado no porto da capital paraense e servirá como base operacional das Forças Armadas durante a COP30. O acordo foi estabelecido em resposta aos desafios impostos pelas mudanças climáticas e busca integrar as capacidades técnicas, científicas e financeiras das instituições envolvidas.
Objetivos do acordo
Segundo a ministra da Ciência, Tecnologia e Inovação, Luciana Santos, o protocolo tem como meta “salvar vidas diante da ameaça das mudanças climáticas”. Ela destacou a importância de prevenir desastres e responder adequadamente a eventos extremos.
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O presidente do BNDES, Aloizio Mercadante, anunciou um investimento de R$ 30 milhões e a criação de um programa de R$ 50 milhões, que poderá ser ampliado com parcerias. Mercadante ressaltou a importância das Forças Navais, que são profissionais e atuam em situações críticas.
Histórico de desastres e colaboração
Ele também mencionou as enchentes no Rio Grande do Sul no ano passado, enfatizando a necessidade de reconstrução econômica após desastres. “O BNDES tem estado presente em todas as situações de desastres naturais”, afirmou Mercadante, referindo-se à tragédia que afetou 400 municípios.
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O presidente do BNDES expressou a intenção de envolver outros bancos, como o Banco do Brasil e a Caixa, além de empresas privadas, no projeto. A Marinha atuará na parte operacional, através do Grupamento Operativo de Fuzileiros Navais – Defesa Civil.
Compromisso com a resiliência nacional
O comandante da Marinha, almirante de Esquadra Marcos Sampaio Olsen, destacou que o protocolo representa um marco na consolidação de um modelo integrado de prevenção e resposta a desastres. Ele ressaltou a importância do documento diante da crescente frequência de eventos climáticos extremos.
A diretora do Cemaden, Regina Alvalá, mencionou a utilização de técnicas estatísticas para prever desastres, destacando a eficácia em alertar sobre inundações. Ela acredita que a colaboração com a Marinha e o BNDES permitirá avanços em desenvolvimento tecnológico e novas pesquisas.
O protocolo também está alinhado aos ODS (Objetivos de Desenvolvimento Sustentável) e ao Marco de Sendai, de 2015, que visa a redução de riscos de desastres em todo o mundo.
