O governo federal anunciou a liberação de R$ 12 bilhões em crédito para a disseminação de máquinas e equipamentos 4.0. A iniciativa, formalizada em Brasília pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva, contempla o Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) e a Financiadora de Estudos e Projetos (Finep).
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Visa aumentar a produtividade e acelerar a modernização do parque fabril brasileiro.
O BNDES desempenha um papel fundamental no financiamento de projetos de desenvolvimento econômico e social no Brasil.
O BNDES destinará R$ 10 bilhões por meio da linha Crédito Indústria 4.0, para investimentos em bens de capital que incluam tecnologias como robótica, inteligência artificial, computação em nuvem, internet das coisas, sensoriamento e comunicação máquina a máquina.
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A iniciativa possibilitará que o setor diminua seus gastos e eleve sua competitividade. O crédito será oferecido com juros que somam a Taxa Referencial e os custos de mercado, o que diminui as despesas.
Participação da Finep
A Finep mobiliza R$ 2 bilhões, destinando-os unicamente para empresas das regiões Norte, Nordeste e Centro-Oeste. A linha Difusão Tecnológica visa fortalecer a indústria nacional de bens de capital e diminuir as desigualdades regionais.
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O presidente da Finep, Luiz Antonio Elias, ressaltou que a iniciativa impulsiona empresas de menor dimensão e expande o escopo da política de inovação industrial.
Condições de financiamento
Financiamentos de até R$ 50 milhões estão disponíveis para micro, pequenas e médias empresas por meio da rede credenciada de bancos. Projetos de médias e grandes empresas podem acessar recursos de até R$ 300 milhões diretamente com o BNDES.
Adicionalmente, fabricantes de máquinas e equipamentos 4.0 receberão suporte na comercialização de seus produtos, com financiamentos de até R$ 300 milhões. A taxa máxima da linha não deve exceder 8,5% ao ano, o que corresponde a uma redução média de 6% em relação às condições atuais de mercado.
Início das operações
O presidente do BNDES, Aloizio Mercadante, declarou que a liberação dos primeiros financiamentos iniciará em 15 de setembro. Ele detalhou que os bancos parceiros funcionarão como canais de intermediação e que o BNDES poderá oferecer crédito diretamente quando for imprescindível.
Mercadante apontou que a trajetória se alinha à política industrial da Nova Indústria Brasil (NIB) e ao Plano Mais Produção, com ênfase em inovação e digitalização. Ele enfatizou que o setor industrial de bens de capital é responsável por disseminar ganhos de produtividade para outros segmentos da economia.
Modernização industrial
O setor de máquinas e equipamentos desempenha um papel estratégico no desenvolvimento tecnológico do país. Um estudo governamental aponta que a indústria fabril brasileira possui uma idade média de 14 anos. Aproximadamente 38% dos equipamentos já operam próximos ou além do ciclo de vida definido pelos fabricantes.
Essa situação acarreta despesas de manutenção elevadas, aumento no consumo de energia e diminuição da competitividade no mercado internacional. Com os novos recursos, espera-se a modernização dos equipamentos e o aumento da produtividade.
Fonte por: Carta Capital