Bloco BRICS isola Irã, e manifesta condenação aos ataques dos Estados Unidos e de Israel

Trecho da declaração final mantém tom de nota conjunta divulgada há duas semanas.

06/07/2025 14:27

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Bloco BRICS isola Irã, e manifesta condenação aos ataques dos Estados Unidos e de Israel
(Imagem de reprodução da internet).

Os líderes do Brics afirmaram que os ataques militares dos Estados Unidos e de Israel a alvos no Irã são condenados, uma declaração mais forte do que a linguagem utilizada em uma nota conjunta divulgada pelo grupo, mas que ultrapassou os termos desejados pela delegação iraniana e gerou um impasse nas vésperas do encontro.

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Condenamos os ataques militares contra a República Islâmica do Irã desde 13 de junho de 2025, que constituem uma violação do direito internacional e da Carta das Nações Unidas, e expressamos profunda preocupação com a subsequente escalada da situação de segurança no Oriente Médio.

O Irã, admitido como membro do BRICS em 2023, foi representado no Rio de Janeiro pelo chanceler Abbas Araghchi. O presidente Masoud Pezeshkian não participou da cúpula.

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Na sexta-feira (4), em meio às dificuldades para concluir a declaração final dos líderes, os iranianos buscavam evitar citações a Israel, referindo-se ao país como “regime sionista”. Falar em Israel representava um reconhecimento implícito do Estado judaico, algo que o Irã se recusava a fazer.

O Irã pretendia uma linguagem mais firme e contundente do que a nota divulgada pelo Brics em 24 de junho. Contudo, acabou isolada nas negociações e precisou aceitar os termos respaldados pela maioria.

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Para reduzir o incômodo no Irã, os países membros aumentaram sutilmente o tom utilizado naquela comunicação, que expressava “preocupação profunda” e não “condenava” as ações militares.

Na delicadeza da linguagem diplomática, trata-se de um sinal dos negociadores — embora não perceptível para a maioria do público. Não há referência explícita aos Estados Unidos e Israel.

Expressamos ainda profunda preocupação com os ataques deliberados contra infraestruturas civis e instalações nucleares pacíficas, sob plena salvaguarda da Agência Internacional de Energia Atômica (AIEA), em violação ao direito internacional e às resoluções pertinentes da AIEA.

A segurança e a proteção nucleares devem ser preservadas constantemente, incluindo em situações de guerra, para evitar prejuízos às pessoas e ao ambiente.

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Fonte por: CNN Brasil

Autor(a):

Com uma carreira que começou como stylist, Sofia Martins traz uma perspectiva única para a cobertura de moda. Seus textos combinam análise de tendências, dicas práticas e reflexões sobre a relação entre estilo e sociedade contemporânea.