A blefaroplastia, igualmente chamada de cirurgia de pálpebras, é o procedimento mais comum globalmente, conforme dados da Sociedade Internacional de Cirurgia Plástica Estética (ISAPS). No Brasil, ocupou a terceira posição entre os procedimentos cirúrgicos plásticos realizados em 2024.

O procedimento elimina o excesso de pele, depura bolsas de gordura e, quando indicado, remodela os músculos das pálpebras, resultando no rejuvenescimento da visão, conforme afirma Jairo Casali, médico-cirurgião plástico e membro da Sociedade Brasileira de Cirurgia Plástica (SBCP).

A blefaroplastia é indicada para pacientes com flacidez de pele das pálpebras e/ou com bolsas de gordura que causam o aspecto de “olhar cansado”. Em casos mais avançados, a presença de pele sobrando pode dificultar o campo visual lateral do paciente, afirma Casali à CNN.

A cirurgia também pode ser realizada com finalidade estética. O cirurgião afirma que muitos pacientes procuram o procedimento devido ao aspecto envelhecido da visão, mesmo sem apresentarem doença ocular. “A indicação estética é válida quando há queixa do paciente, achados físicos compatíveis e expectativas realistas após avaliação médica”, declara.

Qual é o procedimento da blefaroplastia?

A blefaroplastia é realizada em ambiente cirúrgico, sob anestesia local ou geral. Conforme Casali, o cirurgião responsável avalia a posição das sobrancelhas para identificar queda associada, tratando-a se for necessário.

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O período de internação costuma ser breve, com alta geralmente no mesmo dia. Os pontos externos são removidos entre cinco e sete dias após a cirurgia.

Antes da cirurgia, o paciente deve realizar avaliação clínica e, em alguns casos, também oftalmológica. Pacientes com comorbidades necessitam de ajuste rigoroso dessas condições. Medicamentos que elevam o risco de sangramento devem ser interrompidos previamente, orienta Casali.

Após a cirurgia, que tem curta duração, compressas frias e elevação da cabeceira auxiliam na diminuição do inchaço. Além disso, recomenda-se repouso por aproximadamente sete dias, e a prática de exercícios, normalmente, é permitida após 21 dias.

Afirma que manchas roxas e inchaço tendem a diminuir em duas a três semanas, com melhora esperada entre dois e três meses.

O cirurgião enfatiza que a blefaroplastia é um procedimento médico e que tanto o Conselho Federal de Medicina (CFM) quanto a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) estabelecem que cirurgias invasivas sejam executadas exclusivamente por médicos, em ambiente devidamente licenciado, com consentimento informado, registro em prontuário e rastreabilidade dos materiais utilizados. “Profissionais não médicos não devem realizar cirurgias”, reitera.

A blefaroplastia oferece diversos benefícios, incluindo a melhora da aparência do olhar, com a remoção do excesso de pele e gordura nas pálpebras superiores e inferiores. O procedimento pode reduzir o aspecto de cansaço, envelhecimento e fadiga, além de

Segundo Casali, a blefaroplastia proporciona vantagens funcionais e estéticas, incluindo:

Quem não deveria fazer?

A blefaroplastia é contraindicada para pacientes com doenças descompensadas, tais como hipertensão, diabetes ou distúrbios de coagulação, sem preparo prévio. O procedimento também não deve ser realizado na presença de doenças oculares ativas, como infecções, blefarite intensa, olho seco ou glaucoma grave.

Ademais, sugere-se que fumantes interrompam o hábito pelo menos 4 semanas antes da cirurgia, devido ao aumento do risco de necrose e má cicatrização, afirma Casali.

Cirurgião adverte sobre os limites éticos e físicos em procedimentos estéticos.

Fonte por: CNN Brasil