Black Ops 7 apresentará requisitos de segurança mais rigorosos com TPM 2.0 e Secure Boot

A Activision está aumentando as medidas de segurança contra trapaceiros em Call of Duty: Black Ops 7. A nova versão da franquia exigirá que jogadores de PC ativem dois recursos de segurança no Windows: o TPM 2.0 (Trusted Platform Module) e o Secure Boot.

As exigências são parte de uma atualização do sistema Ricochet anti-cheat, que será testada inicialmente na Temporada 5 de Black Ops 6 e Warzone, antes de se tornar obrigatória no próximo título da série.

Segurança em duas camadas

A Activision propõe a implementação de verificações de integridade em nível de hardware para tornar mais difícil o uso de programas de trapaça por parte dos jogadores. O TPM 2.0 e o Secure Boot funcionam em conjunto: o primeiro realiza a verificação do sistema durante a inicialização do Windows, e o segundo impede a execução de softwares não autorizados.

Leia também:

Sony anuncia que o PlayStation passará a utilizar um modelo baseado em plataforma

RTS Ashes of Singularity 2 tem lançamento previsto para 2026

Sony comenta sobre dificuldades nos serviços de jogos online e discorre sobre o futuro de Marathon

Conforme o comunicado oficial, a verificação será dupla: além do processo no próprio Windows, haverá uma validação nos servidores da Activision. A empresa reforça que nenhum dado pessoal do jogador é acessado durante essa operação. “O processo apenas confirma que o sistema foi iniciado de maneira limpa”, explica a nota.

Testes antes da exigência

Na fase de testes, os jogadores não serão banidos se estiverem com os recursos desativados. Contudo, quem estiver em situação irregular começará a receber avisos dentro do jogo já nesta temporada.

A ativação efetiva do bloqueio ainda não foi divulgada, mas confirmou-se que permanecerá em vigor até o lançamento de Black Ops 7, previsto para esta mesma anualidade.

O impacto nos jogadores

A nova regra provoca reações diversas na comunidade. Uma parcela dos usuários teme que a exigência cause incompatibilidades em computadores mais antigos ou apresente problemas de desempenho e estabilidade, como já ocorreu com soluções semelhantes utilizadas em outros jogos, como League of Legends e Valorant, com o sistema Vanguard da Riot.

A Activision garante que os novos mecanismos não afetam o desempenho durante as partidas e que permanecem inativos enquanto o jogo está em execução.

Reconhecemos que a privacidade é uma preocupação legítima. Desejamos esclarecer que essa verificação não nos concede acesso a arquivos pessoais.

Restrições e mudanças futuras

Adicionalmente, embora ainda não seja obrigatória, a autenticação em duas etapas (2FA) está sendo fortemente recomendada pela Activision e pode se tornar obrigatória em breve. Jogadores que utilizarem o Game Pass no PC em versão de teste também terão restrições: não poderão acessar o modo ranqueado multiplayer.

Além da Activision, outras empresas do setor também estão adotando tecnologias semelhantes. A Electronic Arts, por exemplo, anunciou que seu sistema Javelin anti-cheat, que chega com Battlefield 6, também levará o Secure Boot em consideração. A beta, inclusive, começa amanhã e já exige o recurso ativo.

Restrições no uso de outras plataformas

A decisão da Activision também impacta jogadores que utilizam o sistema fora do ecossistema Windows. Devido à exigência do Secure Boot, o acesso via Linux e até em dispositivos como o Steam Deck poderá ser dificultado, levando parte dos usuários a procurar outras opções ou realizar adaptações técnicas.

E você, o que pensa sobre essa alternativa para combater os fraudadores?

Activision-Blizzard

Call of Duty: Black Ops 7 será “anunciado” na gamescom 2025.

Fonte por: Adrenaline