Bitcoin e criptomoedas despencam com tensão entre Estados Unidos e China; Bitcoin atinge US$ 110 mil
Maior criptomoeda do mundo atinge US$ 110 mil após declarações rigorosas do governo chinês sobre a guerra tarifária contra os Estados Unidos.
Bitcoin é negociado a US$ 110 mil após queda expressiva
Nesta terça-feira, 14, o bitcoin voltou a ser negociado na faixa dos US$ 110 mil. A maior criptomoeda do mundo vinha mostrando sinais de recuperação após o “flash crash” ocorrido na última sexta-feira, 10. Esse evento foi marcado por uma queda acentuada no mercado de ativos digitais, impulsionada pelas crescentes tensões tarifárias entre Estados Unidos e China.
Atualmente, o bitcoin está cotado a US$ 110.850, apresentando uma queda de 3,1% nas últimas 24 horas, conforme dados do CoinMarketCap. Nos últimos sete dias, a criptomoeda já acumula uma desvalorização superior a 11%. Especialistas afirmam que a disputa comercial entre as duas maiores economias do mundo continuará a impactar o mercado de criptomoedas, aumentando a volatilidade do setor.
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Volatilidade e oportunidades no mercado de criptoativos
O analista de research da Mynt, Matheus Parizotto, comentou sobre a situação atual: “O mercado de criptoativos está tentando se recuperar do crash da última sexta-feira. Desde então, o bitcoin tem operado com alta volatilidade, buscando se estabilizar acima de US$ 110 mil. A disputa comercial EUA-China tem sido o principal fator de influência, e a resposta mais dura de Pequim voltou a pressionar os preços desde a noite de ontem”.
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Parizotto também destacou que, no curto prazo, a volatilidade deve permanecer elevada, enquanto as tarifas continuam a influenciar o mercado. Ele vê isso como uma oportunidade tática para a montagem de posições graduais nos principais criptoativos, como BTC, ETH e SOL.
Mercados reagem às tensões comerciais
André Franco, CEO da Boost Research, observou que “os mercados asiáticos estão cautelosos diante da escalada nas tensões comerciais entre Estados Unidos e China. Apesar das expectativas de um possível encontro entre os líderes ainda neste mês, muitos investidores permanecem céticos quanto a um acordo duradouro”.
Franco também mencionou que o bitcoin apresenta uma expectativa de curto prazo neutra a levemente negativa. A valorização do ouro sugere uma realocação de capital em busca de proteção, o que pode diminuir a demanda por ativos de risco, como o bitcoin. A estabilidade do dólar e a incerteza sobre as negociações comerciais também são fatores que atuam como restrições. No entanto, muitos riscos já estão parcialmente precificados, o que pode permitir uma resistência técnica e uma possível consolidação lateral entre US$ 111 mil e US$ 116 mil.
Autor(a):
Bianca Lemos
Ambientalista desde sempre, Bianca Lemos se dedica a reportagens que inspiram mudanças e conscientizam sobre as questões ambientais. Com uma abordagem sensível e dados bem fundamentados, seus textos chamam a atenção para a urgência do cuidado com o planeta.