BHP Group Cancela Fusão com Anglo American; Estratégia Independente em Busca de Cobre

BHP Group Desiste de Fusão com Anglo American

A BHP Group anunciou nesta segunda-feira, 24 de novembro de 2025, que encerrou as negociações para uma possível fusão com a Anglo American Plc. A decisão marca o fim de uma nova tentativa de aquisição da mineradora britânica. A empresa australiana, que havia demonstrado interesse em uma nova abordagem de aquisição, em parte motivada por uma combinação proposta com a Teck Resources Ltd., optou por seguir com sua própria estratégia de crescimento.

Contexto do Mercado e Busca por Cobre

O movimento da BHP ocorre em um cenário de consolidação no setor de mineração, impulsionado principalmente pela busca por ativos de cobre. O metal é considerado crucial para a transição energética global, gerando um forte interesse de empresas do setor.

A pressão por recursos de cobre tem levado a diversas fusões e aquisições, visando fortalecer a posição das empresas nesse mercado em expansão.

Histórico de Tentativas e Avaliações de Mercado

A BHP já havia tentado adquirir a Anglo American em 2024, oferecendo um valor de US$ 39 bilhões. A diferença de valor de mercado entre as duas empresas é significativa: a Anglo American tem um valor de mercado de aproximadamente US$ 41,8 bilhões, enquanto a BHP possui uma avaliação superior a US$ 130 bilhões.

Essa disparidade de valor contribuiu para a decisão da BHP de seguir com sua estratégia independente.

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Restrições e Próximos Passos

A desistência da BHP impõe uma restrição legal no Reino Unido, que impede a empresa de fazer outra oferta pela Anglo American por um período de seis meses. Essa medida está relacionada às regras de valores mobiliários do país. A decisão ocorre em um momento crucial, pois a Anglo American e a Teck estão prestes a realizar uma votação entre seus acionistas, prevista para 9 de dezembro, sobre o acordo de fusão entre as duas mineradoras.

Controvérsia da Barragem de Fundão

É importante lembrar que a BHP Group também está envolvida em questões relacionadas à barragem de Fundão, em Mariana (MG), que rompeu em 2015. A empresa enfrenta uma sentença judicial, que foi anunciada em 14 de novembro de 2025, e pretende recorrer.