Intensificação da Proteção ao Apostador em Debate
Aumentar a proteção dos apostadores contra a ludopatia (vício em jogos) foi um consenso entre os participantes do painel “Jogo responsável e o impacto social”, realizado no “BiS (Brazilian iGaming Summit) Brasília”, na quarta-feira (22.out.2025). O painel foi mediado por Ricardo Magri, co-fundador da EBAC (Empresa Brasileira de Apoio ao Compulsivo).
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Esta conferência, que ocorreu pela primeira vez em Brasília, é uma iniciativa do BiS SiGMA, com apoio de mídia do Poder360. Fellipe Fraga, CBO (diretor de marca) da EstrelaBet, comentou que o tema “é frequentemente utilizado de forma inadequada para criticar a indústria” de apostas.
Mecanismos de Autoexclusão e Comunicação
O representante da EstrelaBet defendeu a implementação de um mecanismo de autoexclusão para apostadores que apresentem sinais de vício. “Um cliente com comportamento compulsivo não é vantajoso para o negócio”, destacou.
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Ele sugeriu que a nomeação de um responsável em uma diretoria específica nas casas de apostas poderia ser benéfica. Cristiano Costa, diretor de Conhecimento da EBAC, observou que as empresas de apostas têm sido cautelosas na comunicação com os apostadores.
Compromisso das Empresas de Apostas
“Na minha visão, está faltando esse compromisso”, afirmou Costa, ressaltando que as empresas de apostas devem “assumir a liderança” sobre a questão. Ele propôs a criação de uma relação personalizada, com alertas e comunicação focada em conhecimento.
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O uso de tecnologia e a presença de mediadores nas interações com apostadores em risco foram algumas das medidas sugeridas. Filipe Rodrigues, presidente da Jogo Positivo, criticou o governo federal por criar portarias sem considerar a saúde pública. “O foco não é a proteção do apostador”, afirmou.
Prioridades na Regulamentação das Apostas
Rodrigues mencionou os percentuais recebidos pelo Ministério do Turismo (28%), do Esporte (22%) e da Saúde (1%) provenientes da tributação sobre a receita bruta das apostas. “[A saúde] não é prioridade nessa regulamentação”, acrescentou.
Ele defendeu que mais recursos do Ministério da Saúde sejam direcionados para o tema. O advogado afirmou que as casas de apostas ainda não demonstram preocupação com o jogo responsável, que é visto como um custo em vez de um investimento.
Atenção aos Jovens Apostadores
Thiago Iusim, CEO da Betshield, afirmou que o “jogo responsável não deve ser um detalhe em campanhas publicitárias”. Mauricio Lima, Senior BD Manager na Oddin.gg, destacou a importância de focar nas apostas em e-sports, que atraem um público mais jovem.
Ele enfatizou a necessidade de “criar conteúdos educacionais para prevenir problemas de ludopatia entre os jovens no futuro”.