Bessent critica o Banco Central e afirma que políticas representam uma ameaça à autonomia

Secretário do Tesouro dos EUA considerou o emprego de instrumentos financeiros incomuns após 2008 como se assemelhasse a experimentos de laboratório for…

05/09/2025 16:35

1 min de leitura

Bessent critica o Banco Central e afirma que políticas representam uma ameaça à autonomia
(Imagem de reprodução da internet).

O secretário do Tesouro dos Estados Unidos, Scott Bessem, reiterou críticas ao Federal Reserve em artigo de opinião publicado no Wall Street Journal.

CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE

Para ele, o Federal Reserve dos Estados Unidos está conduzindo um “experimento de política monetária de ganho de função”, que põe em risco sua independência institucional.

Bessent comparou o uso de instrumentos extraordinários após 2008 a experimentos de laboratório que escapam ao controle: “Uma vez liberados, não podem ser facilmente contidos”.

Leia também:

Ele argumenta que o excesso de políticas não convencionais e o crescimento desordenado das instituições transformaram o Federal Reserve em uma entidade excessivamente complexa, com “fundamentos teóricos incertos” e incapaz de fornecer previsões confiáveis.

O secretário recordou que, em 2009, o Fed projetou crescimento do PIB real de 4% em 2011, mas a expansão foi de apenas 1,6%. “Cumulativamente, as projeções de dois anos superestimaram o PIB real em mais de US$ 1 trilhão”, escreveu, ressaltando que o banco central depositou “fé excessiva em suas próprias habilidades”.

CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE

Bessent também criticou os impactos distributivos das políticas. Segundo ele, a busca pelo “efeito riqueza” concentrou lucros em famílias e empresas já beneficiadas, ao mesmo tempo em que os jovens e menos favorecidos ficaram “excluídos da valorização” e mais vulneráveis à inflação.

Ao assumir um papel expandido, incluindo o regulatório, Bessent afirma que o Banco Central “confundiu as linhas entre política monetária e fiscal”. Para o secretário, é preciso diminuir distorções, limitar políticas não convencionais a emergências e, nesses casos, aplicá-las “em coordenação com o restante do governo federal”.

A instituição também defende que seja submetida a uma revisão independente e imparcial.

O futuro do Federal Reserve depende da confiança pública, concluiu Bessent em seu artigo no WSJ, defendendo que o banco central volte a se concentrar “apenas” em seu mandato legal de pleno emprego, estabilidade de preços e juros de longo prazo moderados.

Trump anuncia alteração na fórmula da Coca-Cola nos EUA.

Fonte por: CNN Brasil

Autor(a):

Ex-jogador de futebol profissional, Pedro Santana trocou os campos pela redação. Hoje, ele escreve análises detalhadas e bastidores de esportes, com um olhar único de quem já viveu o outro lado. Seus textos envolvem os leitores e criam discussões apaixonadas entre fãs.