Rio Branco: caso chocante! Criança de 23 semanas removida de caixão após ouvir choros, mas não sobreviveu.
Um evento profundamente comovente ocorreu em Rio Branco, Acre, no último sábado, 25 de outubro. Um recém-nascido, diagnosticado como morto na Maternidade Bárbara Heliodora, apresentou sinais de vida durante o velório, gerando choque e comoção entre familiares e presentes.
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Segundo informações da maternidade, a criança, com aproximadamente 23 semanas de gestação e pesando 520 gramas, havia sido considerada vítima de óbito neonatal após o parto. A equipe médica, devido à extrema prematuridade do bebê, constatou ausência de sinais vitais, seguindo os protocolos padrão para casos de óbito neonatal.
O corpo foi acondicionado em um saco para transporte de recém-nascidos falecidos e permaneceu dessa forma por cerca de 12 horas até o momento do velório. Durante a cerimônia, uma parente notou que o bebê se mexia e emitia sons de choro, levando à sua remoção do caixão e um transporte urgente de volta à maternidade.
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Internado na Unidade de Terapia Intensiva Neonatal em estado grave, o bebê recebeu suporte respiratório e monitoramento intensivo. Apesar da intervenção médica rápida, infelizmente não resistiu e faleceu na noite seguinte, domingo (26/10), em decorrência de choque séptico e sepse neonatal, condições comuns e graves em recém-nascidos prematuros com peso baixo e imunidade fragilizada.
O ocorrido despertou atenção das autoridades. O Ministério Público do Acre (MPAC) iniciou uma investigação para apurar as circunstâncias do caso e verificar se houve falhas nos procedimentos de diagnóstico de óbito. Paralelamente, a Secretaria de Estado de Saúde do Acre (Sesacre) informou que todos os protocolos de reanimação neonatal e de confirmação de óbito foram seguidos corretamente, mas que uma investigação interna foi iniciada para garantir transparência e avaliar medidas preventivas futuras.
O caso reacendeu debates sobre o atendimento a recém-nascidos extremamente prematuros, os limites da medicina neonatal e a importância da rigorosa confirmação de óbito em casos de prematuridade extrema. Familiares e profissionais de saúde expressaram profundo pesar pelo desfecho, e o caso gerou repercussão nacional, com discussões sobre protocolos hospitalares e segurança em maternidades.
Autor(a):
Marcos Oliveira é um veterano na cobertura política, com mais de 15 anos de atuação em veículos renomados. Formado pela Universidade de Brasília, ele se especializou em análise política e jornalismo investigativo. Marcos é reconhecido por suas reportagens incisivas e comprometidas com a verdade.