Revisão Jornalística: Debate Sobre a Morte de Odete Roitman
Em 2025, a morte de Odete Roitman gerou um intenso debate nas redes sociais e na opinião pública, similarmente à discussão que ocorreu em 1988 em torno da personagem de Beatriz Segall. A questão central era identificar quem foi responsável pelo fim da vida da controversa empresária. A busca por respostas e a análise da “justiça” em relação a ela se tornaram temas de grande repercussão.
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Beatriz Segall, em uma entrevista de 1988 com o ator Rolando Boldrin, na TV Brasil, questionou a reação do público brasileiro. A atriz abordou a aceitação do país em relação a um assassinato, argumentando que o Brasil estava, implicitamente, admitindo a pena de morte. Segall enfatizou que, legalmente, a empresária deveria ser acusada, presa, julgada e condenada, considerando a inexistência de pena capital no sistema jurídico da época.
Segall argumentou que a morte de Odete Roitman representaria uma “catarse nacional”, uma forma de punição e justiça. A atriz expressou a preocupação de que o Brasil estivesse, de fato, admitindo um “assassinato de Estado”, com a população agindo como “justiços”. Ela defendeu que todos os envolvidos deveriam ter o direito a um processo legal e a lutar por leis e pela justiça.
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“O Brasil inteiro quer saber quem matou Odete Roitman. Mas uma coisa que ninguém pensou é o seguinte: o Brasil inteiro está aceitando o assassinato. Ela teria que ser presa e condenada. Nesse país não existe pena de morte.” (Beatriz Segall) #Valetudo pic.twitter.com/bSzlHUoPBv – Sérgio Santos (@ZAMENZA) October 9, 2025
Em paralelo com a fala de Segall, uma pesquisa Datafolha de setembro de 2025, anterior à morte de Odete Roitman (Debora Bloch) no remake, revelou que o público preferia que a vilã sofresse pobreza (47%), seguida de prisão (35%). Apenas 4% dos entrevistados aprovavam a morte da personagem. A pesquisa demonstra a complexidade das opiniões e a natureza do debate em torno da figura de Odete Roitman.
