BC chama atenção para tarifa elevada de Trump; veja comunicado
O Copom prossegue com a taxa de juros em 15% e projeta sua manutenção por um “período consideravelmente extenso”.

O Banco Central declarou que monitora “com atenção especial” os anúncios tarifários de Donald Trump, reforçando a cautela em um cenário de maior incerteza, conforme comunicado do Copom (Comitê de Política Monetária) divulgado nesta quarta-feira (30).
CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE
A reunião do colegiado, na quinta-feira de 2025, finalizou com a manutenção das taxas de juros em 15% ao ano.
A autoridade ainda declarou que o nível atual deverá ser repetido nos próximos encontros, prevendo a manutenção por um período considerável.
Leia também:

A inflação nos EUA desacelerou em junho, com um aumento nos gastos do consumidor

A discussão sobre as tarifas BDM ainda não foi resolvida

Quase metade das exportações para os EUA contornam tarifas de 50%
Com a confirmação do cenário esperado, o Comitê antecipa a continuidade na interrupção no ciclo de alta de juros para examinar os impactos acumulados do ajuste já realizado, ainda por serem observados, e então avaliar se o nível corrente da taxa de juros, considerando a sua manutenção por período bastante prolongado, é suficiente para assegurar a convergência da inflação à meta.
Leia o comunicado na íntegra:
CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE
O Copom mantém a taxa Selic em 15,00% ao ano.
O contexto externo é mais desfavorável e incerto devido à conjuntura e à política econômica nos Estados Unidos, sobretudo em relação às políticas comerciais e fiscais e aos seus respectivos impactos. Em decorrência disso, o comportamento e a volatilidade de diversos tipos de ativos têm sido influenciados, com repercussões nas condições financeiras globais. Esse cenário demanda especial atenção por parte dos países emergentes em um ambiente caracterizado por tensões geopolíticas.
Em relação ao cenário doméstico, o conjunto dos indicadores de atividade econômica tem apresentado certa moderação no crescimento, mas o mercado de trabalho ainda mostra dinamismo. Nas divulgações mais recentes, a inflação plena e as medidas subjacentes permaneceram acima da meta para a inflação.
As expectativas de inflação para 2025 e 2026, levantadas pela pesquisa Focus, indicam valores superiores à meta, com projeções de 5,1% e 4,4%, respectivamente. A projeção de inflação do Copom para o primeiro trimestre de 2027, no cenário de referência (Tabela 1), é de 3,4%.
Os riscos de inflação, tanto elevados quanto baixos, permanecem acima do normal. Entre os riscos elevados, destacam-se (i) a persistência de uma desancoragem das expectativas inflacionárias; (ii) a maior resiliência da inflação de serviços em relação às projeções, devido a um hiato de produto mais expressivo; e (iii) a combinação de políticas econômicas externas e internas com impacto inflacionário superior ao previsto, por exemplo, por meio de uma taxa de câmbio persistentemente mais desvalorizada. Entre os riscos de baixa, observam-se (i) uma possível desaceleração da atividade econômica doméstica mais intensa do que o projetado, afetando o cenário inflacionário; (ii) uma desaceleração global mais acentuada, resultante de choques no comércio e de um cenário de maior incerteza; e (iii) uma redução nos preços das commodities com efeitos desinflacionários.
O Comitê acompanha, com atenção especial, os anúncios relativos à imposição pelos EUA de tarifas comerciais ao Brasil, reforçando a postura de cautela em cenário de maior incerteza. Além disso, segue acompanhando como os desenvolvimentos da política fiscal impactam a política monetária e os ativos financeiros. O cenário permanece marcado por expectativas desancoradas, projeções de inflação elevadas, resiliência na atividade econômica e pressões no mercado de trabalho. Para assegurar a convergência da inflação à meta em ambiente de expectativas desancoradas, exige-se uma política monetária em patamar significativamente contracionista por período bastante prolongado.
O Copom manteve a taxa básica de juros em 15,00% ao ano, considerando que essa decisão é consistente com a estratégia de convergência da inflação para a meta ao longo do período considerado. Sem comprometer seu objetivo principal de garantir a estabilidade dos preços, essa decisão também implica em amenizar as oscilações do nível de atividade econômica e estimular o pleno emprego.
A situação presente, caracterizada por grande incerteza, demanda prudência na condução da política monetária. Caso o cenário previsto se confirme, o Comitê antecipa a manutenção da interrupção no ciclo de alta das taxas de juros para analisar os efeitos acumulados do ajuste já implementado, ainda que não totalmente observados, e, então, avaliar se o nível atual da taxa de juros, considerando sua permanência por período prolongado, é suficiente para garantir a convergência da inflação à meta. O Comitê ressalta que permanecerá atento, que os próximos passos da política monetária poderão ser modificados e que não hesitará em retomar o ciclo de ajuste caso considere adequado.
Os seguintes membros do Comitê votaram em favor dessa decisão: Gabriel Muricca Galípolo (presidente), Ailton de Aquino Santos, Diogo Abry Guillen, Gilneu Francisco Astolfi Vivan, Izabela Moreira Correa, Nilton José Schneider David, Paulo Picchetti, Renato Dias de Brito Gomes e Rodrigo Alves Teixeira.
Compreenda a política tarifária de Trump em relação ao Brasil e seus efeitos na economia.
Fonte por: CNN Brasil
Autor(a):
Redação Clique Fatos
Aqui no Clique Fatos, nossas notícias são escritas com a ajudinha de uma inteligência artificial super fofa! 🤖💖 Nós nos esforçamos para trazer informações legais e confiáveis, mas sempre vale a pena dar uma conferida em outras fontes também, tá? Obrigado por visitar a gente você é 10/10! 😊 Com carinho, Equipe Clique Fatos📰 (P.S.: Se encontrar algo estranho, pode nos avisar! Adoramos feedbacks fofinhos! 💌)