Secretário afirma que a Receita Federal suspendeu regulamento devido a informações incorretas; Brasil adotará sistema de vigilância global.
O secretário da Receita Federal, Robinson Barreirinhas, declarou nesta quarta-feira (25.jun.2025) que as “fake news” sobre transações no Pix serem taxadas pelo governo contribuíram para beneficiar o crime organizado. Indicou que a regra fazia parte dos esforços do órgão para identificar transações suspeitas e eventuais crimes.
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A Receita Federal foi o principal responsável pela situação. Registrou-se um grande volume de notícias falsas sobre a tributação de operações financeiras, o que impactou o uso de meios de pagamento no Brasil, levando a instituição a revogar a regulamentação e beneficiando o crime organizado.
A declaração ocorreu durante o evento de lançamento do estudo “Lavagem de Dinheiro e Enfrentamento ao Crime Organizado no Brasil: Reflexões sobre o Coaf em Perspectiva Comparada”, produzido pelo grupo Esfera em parceria com Fórum Brasileiro de Segurança Pública.
Segue a íntegra do levantamento (PDF – 3 MB).
Durante o evento, o secretário da Receita Federal declarou que, a partir do ano seguinte, o Brasil passará a integrar um sistema de monitoramento financeiro internacional.
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“A partir do próximo ano, compartilharemos com as fiscalizações de outros países as informações referentes a essa movimentação e receberemos das fiscalizações de outros países essa mesma informação”, declarou.
O estudo “Lavagem de Dinheiro e Enfrentamento ao Crime Organizado no Brasil: Reflexões sobre o Coaf em Perspectiva Comparada” analisa o combate à criminalidade organizada sob a ótica “follow the money”, que consiste em rastrear fluxos financeiros para identificar crimes e redes criminosas.
O estudo visa fortalecer as instituições brasileiras, propondo estratégias de combate à criminalidade por meio da inteligência financeira.
O estudo foi lançado em evento ocorrido no IDP (Instituto Brasileiro de Ensino, Desenvolvimento e Pesquisa), em Brasília. Realizou-se, ainda, um painel para debater o tema.
Eram confirmados, entre outros, o ministro do STF (Supremo Tribunal Federal) Gilmar Mendes, do TCU (Tribunal de Contas da União), Bruno Dantas, e o procurador-geral da República, Paulo Gonet.
Fonte por: Poder 360
Autor(a):
Apaixonada por cinema, música e literatura, Júlia Mendes é formada em Jornalismo pela Universidade Federal de São Paulo. Com uma década de experiência, ela já entrevistou artistas de renome e cobriu grandes festivais internacionais. Quando não está escrevendo, Júlia é vista em mostras de cinema ou explorando novas bandas independentes.