Banco Central Pode Iniciar Relaxamento Monetário em Dezembro com Medidas Menores

Apesar da dinâmica da curva de juros, persistem expectativas de que o afrouxamento monetário possa iniciar em dezembro, porém em menor escala.

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(Imagem de reprodução da internet).

Juros Futuros sob a Influência da Política do Banco Central

O Banco Central do Brasil (BC) sinalizou que não há pressa em reduzir a taxa Selic, o que impulsionou um aumento mais acentuado nos juros futuros curtos e longos no pregão de quinta-feira (18). Essa dinâmica se refletiu em altas nos vencimentos de janeiro de 2027, 2028 e 2029, com o DI para janeiro de 2029 fechando em 13,105%. A pressão também se manifestou nos vencimentos mais longos, como janeiro de 2031, que subiu para 13,275%.

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A influência da política do BC se intensificou devido ao desempenho do mercado de renda fixa norte-americano, que apresentou deterioração após o corte de juros pelo Federal Reserve. Além disso, uma queda maior que o esperado nos pedidos de auxílio-desemprego, indicando menor fraqueza no mercado de trabalho, também contribuiu para essa dinâmica. Apesar disso, ainda há apostas de que o ciclo de relaxamento monetário poderá começar em dezembro, mas em menor escala.

Apostas sobre o Futuro da Selic

As chances de uma redução de 0,25 ponto percentual da Selic na última reunião de 2025 do Copom (Comitê de Política Monetária) diminuíram para 20%, em comparação com 25% da quarta-feira. Essa mudança reflete a postura mais conservadora do BC, que ainda não sinalizou uma pausa no aumento da taxa. O economista-chefe do banco BMG, Flávio Serrano, observou que o tom do comunicado do Copom não teve mudança em relação a julho, apesar de muitos participantes do mercado terem visto uma postura mais “hawkish”.

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Análise do Mercado Financeiro

O Itaú Unibanco manteve sua perspectiva de que o BC vai começar a cortar a Selic em janeiro de 2026, após o comunicado da quarta-feira. O banco também destacou que a manutenção da projeção de alta de 3,4% do IPCA no horizonte relevante da política monetária trouxe um “viés levemente mais duro” ao comunicado. João Ferreira, sócio da One Investimentos, afirmou que a sessão de quinta-feira foi de ajustes nas posições, considerando a postura do Copom.

Apesar das incertezas no cenário externo, com o relaxamento monetário nos EUA sequer citado no comunicado do comitê, o mercado financeiro continua atento aos sinais do Banco Central. A análise da Genial/Quaest, que mostrou um cenário favorável à reeleição do presidente Lula, ficou em segundo plano na sessão de quinta-feira, devido à importância da decisão do Copom.

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Autor(a):

Lucas Almeida é o alívio cômico do jornal, transformando o cotidiano em crônicas hilárias e cheias de ironia. Com uma vasta experiência em stand-up comedy e redação humorística, ele garante boas risadas em meio às notícias.

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