Banco Central indica que irá cessar o encarecimento no próximo encontro
O Comitê de Política Monetária elevou a taxa básica em 0,25 ponto percentual nesta quarta-feira; aponta cenário externo “desafiador”.

O Banco Central elevou a taxa básica de juros ( Selic ) para 15% nesta quarta-feira (18.jun.2025). Trata-se da sétima alta consecutiva no indicador. Contudo, a autoridade monetária indicou que manterá a taxa básica na reunião de 30 de julho.
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Confirmando o cenário esperado, o Comitê antecipa uma interrupção no ciclo de alta de juros para examinar os impactos acumulados do ajuste já realizado, declarou a autoridade em comunicado após a reunião desta 4ª feira. Eis a íntegra (PDF – 41 kB).
Esta é a sétima alta efetuada pelo Banco Central. Apesar disso, observou-se uma redução no patamar dos aumentos. O aumento corrente foi de 0,25 ponto percentual. O anterior atingiu meio ponto.
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A Selic é a taxa básica de juros da economia brasileira. Afeta diretamente as taxas cobradas em empréstimos, financiamentos e investimentos. No mercado financeiro, influencia o rendimento de aplicações.
Analise a trajetória do indicador.
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A grande parte dos economistas, assessorias e bancos previa a manutenção da taxa na quarta-feira, assim como Itaú e XP Investimentos. Contudo, alguns agentes projetaram um aumento de 0,25 ponto percentual, como o banco ABC Brasil.
O Copom (Comitê de Política Monetária) é o órgão encarregado de estabelecer o nível da Selic. O conselho é composto pelos diretores do Banco Central, juntamente com seu presidente. A decisão de aumentar a taxa para 15% foi unânime.
O controle da inflação
A taxa Selic em 15,00% ao ano se justifica principalmente pelo controle da inflação. O crédito mais caro reduz o consumo e a produção, fazendo com que os preços não aumentem com tanta velocidade.
A forma mais prática e simplificada é o financiamento de um automóvel: com juros elevados, a compra se torna menos interessante, diminuindo a demanda. Com menos consumidores, os vendedores tendem a manter ou até reduzir os preços para evitar a perda de vendas.
A meta de inflação estabelece que o IPCA (Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo) não ultrapasse a marca de 4,5% ao término do ano.
O indicador anualizado em maio atingiu 5,32%, superior à meta estabelecida. O Banco Central deverá comunicar formalmente as justificativas nesse caso.
O presidente do Órgão, Gabriel Galípolo, indicou que as taxas permanecerão elevadas por mais tempo. Ele espera que os impactos na inflação se manifestem gradualmente.
“Se estabelecemos uma taxa de juros considerada restritiva, compreendemos que se trata de uma medida que terá efeito. No entanto, ela apresenta desvantagens e desejamos comunicar como essas se manifestarão nos próximos meses”, afirmou em 2 de junho.
Em maio, declarou que a taxa Selic deverá permanecer em patamar conservador por um período extenso.
Fonte por: Poder 360
Autor(a):
Gabriel Furtado
Gabriel é economista e jornalista, trazendo análises claras sobre mercados financeiros, empreendedorismo e políticas econômicas. Sua habilidade de prever tendências e explicar dados complexos o torna referência para quem busca entender o mundo dos negócios.