Banco Central e Fedex anunciam ajuste nas taxas de juros diante do aumento das taxas praticadas nos EUA

Mercado concentra-se em mensagens das autoridades monetárias, devido à ausência de novidades significativas.

30/07/2025 2:14

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Banco Central e Fedex anunciam ajuste nas taxas de juros diante do aumento das taxas praticadas nos EUA
(Imagem de reprodução da internet).

Os bancos centrais dos Estados Unidos e do Brasil anunciarão nesta quarta-feira (30) suas decisões sobre as taxas de juros, sob a influência da possível imposição de tarifas por parte do presidente Donald Trump para sexta-feira (1º).

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A decisão em si não deverá gerar grande surpresa no mercado, com analistas projetando a manutenção da taxa de 4,25% e 4,5% pelo Federal Reserve, e da Selic em 15% pelo Banco Central.

Os olhares estão voltados para os anúncios que o FOMC (Comitê Federal de Mercado Aberto) e o COPOM (Comitê de Política Monetária) farão.

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Nos Estados Unidos, espera-se por indícios do início do corte de juros após a próxima reunião, enquanto no Brasil o cenário sugere o encerramento do ciclo de alta da Selic, ainda que com a possibilidade de novos aumentos monetários em caso de pressões nos cenários doméstico (política fiscal) e internacional (efeito tarifário).

Fed e sinais de flexibilização

O mercado já prevê a flexibilização dos juros nos EUA a partir de setembro, com a redução de 0,25 ponto, mostram dados da CME. O ritmo deve ser interrompido no encontro de outubro e retomado em dezembro, com a taxa encerrando o ano entre 3,75% e 4%.

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A perspectiva é sustentada pelo progresso nas negociações comerciais entre os EUA e parceiros como a União Europeia, Japão e China, juntamente com os recentes sinais de desaceleração do consumo e a inflação ainda relativamente controlada.

Contudo, ainda há grande incerteza sobre o efeito atrasado do aumento das taxas de juros na inflação dos Estados Unidos, sendo a maioria dos membros do FOMC cautelosa para não repetir os erros do passado, em que subestimaram o choque inflacionário pós-pandemia.

O cenário fiscal ampliado do governo Trump e as tensões no mercado de trabalho sustentam essa cautela.

José Carlos Braga Monteiro, CEO do Grupo Studio, enfatiza que o pronunciamento do Comitê de Política Monetária deve ser mais prudente, considerando as pressões inflacionárias contínuas e os possíveis efeitos das recentes mudanças nas taxas de comércio.

Apesar dos indicadores recentes demonstrarem a desaceleração da inflação, o cenário geopolítico instável e o risco de descolamento das expectativas demandam uma postura cautelosa do Fed. O sustento do nível corrente indica que o ciclo de reduções pode ser mais lento e dependente da evolução do cenário fiscal e comercial.

Na análise semanal da LCA, a maioria dos membros do Fomc ainda demonstra uma inclinação para uma postura mais cautelosa, considerando que o impacto direto da taxa “tende a ser modesto”, ainda que aumente a incerteza e “mine a confiança privada”.

O ciclo do Copom chegou ao fim?

No Brasil, a perspectiva de aumento para 50% das tarifas sobre produtos nacionais exportados aos EUA, com efeito a partir de 1º de agosto, intensifica a incerteza sobre o panorama econômico interno.

Apesar do impacto direto sobre o Produto Interno Bruto ser considerado moderado, segmentos específicos serão afetados, e a incerteza tende a influenciar a confiança do setor privado, diminuindo investimentos e o consumo.

As ações corretivas divulgadas pelos governos federais e estaduais, sobretudo por meio de créditos subsidiados, podem atenuar os impactos negativos.

O principal perigo para o desenvolvimento seria o aumento das tensões entre os países, com contra-medidas mútuas que poderiam levar a penalidades graves e consequências mais extensas para a economia.

A política tarifária pode gerar um efeito deflacionário ao elevar a oferta interna de certos produtos, contudo, essa pressão é atenuada pela volatilidade cambial e pela incerteza fiscal, mantendo o cenário inflacionário complexo.

Qualquer decisão que não seja manter as taxas de juros nos níveis atuais seria uma surpresa, conforme destacam os analistas do JP Morgan, que enfatizam que a expectativa é de o Banco Central cumprir com a sinalização de interrupção do ciclo de aperto monetário nesta reunião.

Aparentemente, os membros do conselho do BCB estão confortáveis com a mensagem de “alto por longo prazo” que tem predominado nas comunicações recentes, apesar de poucas aparições públicas recentemente, conforme escreveu o banco em relatório.

A última decisão do Copom destacou que se deve manter uma política monetária em patamar significativamente contracionista por período bastante prolongado, visando levar a inflação à meta de 3%.

Caso as expectativas do mercado se concretizem, o Banco Central deverá revisar novamente a taxa Selic em 18 de março de 2026, na segunda reunião do ano subsequente, situando-a em 14,5%, conforme a última divulgação do Boletim Focus, atualizada na segunda-feira (28).

Para o diretor da MA7 Negócios, André Matos, a questão central para o empresário brasileiro é por quanto tempo o Copom manterá a taxa de juros.

Altos juros combinados com inflação decrescente criam um desalinhamento perigoso. Para os que estão na linha de frente do comércio ou da indústria, esse custo de capital elevado se manifesta em menor crescimento, maior inadimplência e decisões estratégicas sendo postelhadas.

O diretor executivo da Equity Group, João Kepler, declara que o investidor busca previsibilidade.

A taxa Selic elevada por um longo período corrói o valor, eleva o custo do financiamento e desmotiva quem está em fase de crescimento. Mais do que a própria decisão, o que importa é a comunicação do Banco Central. O empresário deseja ter clareza sobre as perspectivas futuras.

Com informações de João Nakamura, da CNN

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Fonte por: CNN Brasil

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