Banco Central dos EUA diverge sobre a direção das taxas de juros
A média das previsões para um aumento adicional de 0,5 ponto percentual nas taxas de juros foi superior à avaliação feita há três meses, quando o mercad…
O Federal Reserve prevê diminuir a taxa de juros em mais 0,50 ponto percentual ao longo deste ano, após aplicar uma redução de 0,25 ponto na quarta-feira (17), com base nas projeções recentes.
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Contudo, o mais recente relatório trimestral de projeções econômicas do Fed evidenciou uma grande divergência no banco central dos EUA.
A mediana das previsões para uma redução de 0,5 ponto percentual na taxa básica de juros foi superior àquela avaliada há três meses, período em que o mercado de trabalho apresentava sinais mais robustos e antes da nomeação de um novo diretor da empresa pelo presidente dos Estados Unidos, Donald Trump.
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A decisão do Fed nesta quarta-feira (17) apresentou a única discordância do mais recente diretor, Stephen Miran, assessor econômico de Trump.
O documento com as previsões sobre a taxa de juros não especifica qual entidade as elaborou.
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Ele sugere que um dos 19 – possivelmente um presidente de banco regional do Fed sem direito a voto – pode ter considerado até mesmo o recente ajuste de quarta-feira (17) como inadequado.
As projeções apontaram uma preferência por uma taxa básica de 4,4% no encerramento do ano, superior à estimativa do Fed, que variava entre 4,00% e 4,25%.
Em outra direção, um especialista – possivelmente Miran – propôs uma taxa básica de 2,9% para o encerramento do ano na reunião de quarta-feira, buscando uma redução de 0,50 ponto.
As projeções indicaram que seis especialistas não anteciparam novos cortes nesta linha, dois acreditavam que seria preciso apenas mais um corte de 0,25 percento e nove autoridades estimaram mais dois cortes de 0,25 percento nas taxas de juros até o final do ano.
Após as últimas projeções do Fed, em junho, um declínio acentuado nos ganhos mensais de empregos, um aumento na taxa de desemprego para 4,3% e a ausência de sinais de pressões de preços de base, provenientes das tarifas de Trump, convenceram a maioria das autoridades a apoiar o afrouxamento da política monetária, embora as preocupações com a inflação tenham gerado certa hesitação em alguns.
As estimativas médias dos especialistas indicam reduções de 0,25 ponto percentual anualmente. As projeções para a taxa no final do próximo ano ficaram entre 2,6% e 3,9%.
A projeção é que a inflação, medida pelo índice PCE, que é o foco do Fed, alcance 3,0% ao final deste ano, igual à projeção de junho, e reduza para 2,6% no ano seguinte.
O Banco Central prevê que o núcleo do IPC, que utilizam para estimar a inflação, fechará o ano em 3,1% e em 2,6% no ano seguinte. O Federal Reserve tem como objetivo uma inflação de 2%.
O Brasil ocupa a segunda posição entre os países com as maiores taxas de juros reais, impulsionado pelo aumento da taxa Selic.
Fonte por: CNN Brasil
Autor(a):
Júlia Mendes
Apaixonada por cinema, música e literatura, Júlia Mendes é formada em Jornalismo pela Universidade Federal de São Paulo. Com uma década de experiência, ela já entrevistou artistas de renome e cobriu grandes festivais internacionais. Quando não está escrevendo, Júlia é vista em mostras de cinema ou explorando novas bandas independentes.












