Banco Central da Rússia reduz a taxa de juros, porém mantém políticas restritivas
Este é o terceiro aumento de juros sucessivo desde que o banco central iniciou a flexibilização monetária em junho.
O Banco Central da Rússia reduziu sua taxa de juros base em 100 pontos-base, estabelecendo-a em 17% ao ano, em decisão tomada após a reunião de política monetária realizada nesta sexta-feira (12).
CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE
Todavia, o Banco Central russo declarou que manterá as condições monetárias restritivas pelo período necessário para assegurar o retorno da inflação à meta em 2026.
Este representa a terceira redução na taxa básica de juros sucessivamente, após o Banco Central da Rússia ter iniciado uma política monetária mais flexível em junho.
Leia também:
Relator da denúncia alternativa ao IOF adiada apresentação para análise de LCAs
Ministério da Defesa assina acordo com o Reino Unido para a fabricação de artilharia no Brasil
Associação aponta possível prejuízo de R$ 75 milhões no setor de piscicultura de SP devido à taxa elevada
Em setembro, o diretor Andrei Gangan alertou que o banco central poderia manter as taxas de juros inalteradas, devido às preocupações sobre o processo de desinflação.
O Banco Central da Rússia indicou, em nota, uma leve desaceleração no núcleo da inflação, porém com aceleração nos preços médios entre julho e agosto, em relação ao segundo trimestre. “As medidas subjacentes de inflação não apresentaram mudanças significativas e permanecem acima de 4% em termos anualizados”, afirmou.
CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE
As próximas decisões do Banco Central dependerão da sustentabilidade do processo de desinflação e das expectativas inflacionárias. A projeção do BC aponta para uma queda da inflação, com uma faixa de 6% a 7% neste ano e o retorno à meta de 4% em 2026.
Em relação à economia, o Banco Central da Rússia avalia que a atividade está retornando para uma trajetória equilibrada e os financiamentos aceleraram nos últimos meses.
O Banco Central da Rússia destacou que os riscos de alta inflacionários persistem, superando os de desinflação no médio prazo, mencionando como fatores relevantes o crescimento econômico, a deterioração no comércio externo, as tensões geopolíticas e a falta de ajustes fiscais eficazes.
Após a decisão, o rublo seguiu a trajetória inversa e iniciou a valorização em relação ao dólar. Às 7h50 (de Brasília), o dólar cedia a 84,1150 rublos.
A próxima decisão do Banco Central da Rússia será anunciada em 24 de outubro de 2025, com projeções revisadas.
Fonte por: CNN Brasil
Autor(a):
Pedro Santana
Ex-jogador de futebol profissional, Pedro Santana trocou os campos pela redação. Hoje, ele escreve análises detalhadas e bastidores de esportes, com um olhar único de quem já viveu o outro lado. Seus textos envolvem os leitores e criam discussões apaixonadas entre fãs.
