O presidente do Banco Central, Gabriel Galípolo, comentou nesta quarta-feira, 12 de novembro de 2025, sobre as incertezas em relação ao impacto da nova faixa de isenção do Imposto de Renda da Pessoa Física (IRPF) na inflação. O Comitê de Política Monetária (Copom) agora considera uma “estimativa preliminar” ao definir a política monetária.
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Essa decisão reflete a expectativa de que a medida possa injetar cerca de R$ 28 bilhões no orçamento da classe média, um cálculo do governo (PT), e que, por sua vez, influencie o consumo dessa parcela da população.
Galípolo enfatizou a natureza “preliminar” da estimativa, buscando transmitir uma postura de transparência e humildade diante das dúvidas existentes. Ele comparou a situação com o pagamento de precatórios em 2023, dívidas judiciais do governo, que geraram debates sobre o impacto na economia.
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O governo Lula utilizou esses recursos em transferências, e Galípolo ressaltou que os agentes financeiros não esperavam que esses valores afetassem o consumo familiar.
A mediana das projeções de inflação para 2026 é de 4,20%, mas alguns economistas preveem um aumento mais próximo de 5,0%, devido à política fiscal do governo. O diretor de Política Econômica, Diogo Abry Guillen, destacou as “nuances” da medida de isenção do IR, e afirmou que o Banco Central continuará monitorando os dados para ajustar a estimativa, caso necessário.
