Banco Central avalia aquecimento do mercado de trabalho e inflação em 2026
Banco Central destaca aquecimento do mercado de trabalho e inflação persistente. Gabriel Galípolo alerta para complexidade na análise do cenário econômico brasileiro
O presidente do Banco Central, Gabriel Galípolo, expressou nesta segunda-feira, 1º de dezembro de 2025, a complexidade de explicar o notável aquecimento do mercado de trabalho brasileiro. Ele ressaltou que os baixos índices de desemprego e outros dados econômicos indicam uma atividade econômica robusta, com forte demanda.
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A declaração foi proferida no “XP Fórum Político & Macro 2025”, organizado pela XP, em São Paulo.
Redução do Desemprego e da População Desocupada
A taxa de desemprego no Brasil atingiu 5,4% no trimestre encerrado em outubro, acompanhada pela redução de 11,8% na população desocupada em um ano – um total de 788 mil pessoas fora do mercado de trabalho. A população ocupada, por sua vez, totalizou 102,6 milhões no terceiro trimestre, com um aumento adicional de 926 mil pessoas em um ano.
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Diminuição da População Desalentada
Um ponto positivo também foi a redução na população “desalentada” – aqueles que não buscam emprego por não acreditarem em oportunidades. Esse número diminuiu 11,7%, correspondendo a uma redução de 400 mil pessoas em relação ao ano anterior.
Desafios na Análise do Mercado de Trabalho
Galípolo enfatizou que, apesar dos bons indicadores, a análise do mercado de trabalho brasileiro é desafiadora. Ele atribui isso a uma série de fatores locais e globais que influenciam o comportamento do mercado. O presidente do Banco Central ressaltou a necessidade de uma postura cautelosa por parte da autoridade monetária diante da incerteza.
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Decisões do Copom e Perspectivas de Inflação
O Comitê de Política Monetária (Copom) do Banco Central se reunirá nos dias 9 e 10 de março para definir o patamar da taxa básica de juros, atualmente em 15% ao ano. O Copom sinalizou que manterá a taxa em 15% por um período. A Selic é utilizada para controlar a inflação, que, desde setembro de 2024, está acima do limite de 4,5% no acumulado de 12 meses.
As projeções indicam que a inflação permanecerá elevada, com estimativas de 4,17% para 2026.
Autor(a):
Lara Campos
Com formação em Jornalismo e especialização em Saúde Pública, Lara Campos é a voz por trás de matérias que descomplicam temas médicos e promovem o bem-estar. Ela colabora com especialistas para garantir informações confiáveis e práticas para os leitores.












