Banco Central analisa alteração no modelo de crédito imobiliário, segundo Galípolo
O chefe do Banco Central afirmou que a Poupança tem sofrido efeitos devido à redução dos investimentos realizados.

O presidente do BC (Banco Central), Gabriel Galípolo, afirmou nesta 3ª feira (8.jul.2025) que a autoridade monetária analisa uma alteração estrutural no mercado de crédito imobiliário. Segundo ele, o Brasil enfrenta um “problema sério” de financiamento.
CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE
Galípolo participou nesta terça-feira (8.jul.2025) de reunião com congressistas da FPE (Frente Parlamentar do Empreendedorismo) e com associados do IUB (Instituto Unidos Brasil).
Ele afirma que o financiamento imobiliário é a principal dívida contraída pelos brasileiros ao longo da vida. As análises do Banco Central focam-se na redução dos recursos disponíveis na Poupança, que apresentou saída líquida de R$ 49,6 bilhões no primeiro semestre de 2025. Foi o maior saldo negativo em termos nominais desde 2023, quando os brasileiros retiraram R$ 66,6 bilhões no período. A Poupança registrou saída líquida de recursos pelo quarto ano consecutivo no ano anterior.
Leia também:

Homem é morto a tiros por parentes em conflito em Guarulhos; enteada também foi atingida

Preços de cesta básica caem em 11 capitais no mês de junho

A redução do orçamento da ANA agrava a prevenção de desastres, afirma a diretora
Estamos trabalhando para estabelecer um caminho de transição do modelo antigo para o novo, não será uma mudança imediata, que utilize a Poupança para auxiliar nessa transição para um modelo novo que nos tornará mais semelhantes aos nossos pares, afirmou Galípolo.
CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE
Galípolo afirmou que o financiamento imobiliário depende da Caderneta de Poupança, que, segundo ele, tem perdido volume devido ao aumento do acesso à informação e a mais alternativas de investimento.
A poupança continua sendo a principal fonte de recursos para financiar o mercado imobiliário. Nossa participação no financiamento do crédito imobiliário do Produto Interno Bruto é significativamente menor que a de outros países, como Chile (30%), Tailândia (20%), África do Sul (18%) e México (11%). O Brasil atingirá um patamar de 9,8%, porém 6% desse valor provém do FGTS.
Fonte por: Poder 360
Autor(a):
Lara Campos
Com formação em Jornalismo e especialização em Saúde Pública, Lara Campos é a voz por trás de matérias que descomplicam temas médicos e promovem o bem-estar. Ela colabora com especialistas para garantir informações confiáveis e práticas para os leitores.