O BNP Paribas ajustou suas projeções para a inflação no final de 2025, de 5,2% para 4,8%, e em 2026, de 4,4% para 4,1%, considerando uma valorização do dólar e queda nos preços de commodities agrícolas e de metais, e previu o início de um ciclo de cortes na taxa básica de juros em março, com reduções de 300 pontos-base ao longo do ano.
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As projeções anteriores do banco indicavam cortes na taxa Selic a partir de abril, contudo, a instituição ressaltou o efeito acumulativo das condições monetárias restritivas no segundo semestre deste ano como um fator para a alteração.
Contudo, o momento do ciclo de flexibilização permanece sensível aos riscos inflacionários e à credibilidade fiscal. Mesmo que a inflação geral diminua, as pressões contínuas sobre os núcleos podem atrasar a convergência para a meta de 3%.
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O banco francês também revisou para baixo a previsão de crescimento do Produto Interno Bruto em 2025, de 2,4% para 2,3%, indicando uma desaceleração mais acentuada da atividade econômica e um menor crescimento do crédito.
Entretanto, a instituição elevou suas projeções para o PIB em 2026, de 1,3% para 1,6%, justificando que a atividade permanece impulsionada pelo consumo das famílias e por um mercado de trabalho forte, com a expectativa de maiores incentivos fiscais e benefícios durante o ano eleitoral.
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A instituição apontou o período eleitoral de 2026 como um elemento que deverá gerar grande incerteza, principalmente em relação à inflação e às expectativas cambiais.
A disputa deverá ser intensa, observou o relatório. Fixar as expectativas de inflação para além de 2026 exigirá tanto prudência macroeconômica quanto uma direção de política monetária clara após as eleições, em nossa opinião.
O IBGE comunicou na terça-feira que o IPCA-15 apresentou deflação em agosto pela primeira vez em dois anos, devido ao pagamento de um bônus nas contas de energia e à queda nos preços dos alimentos. Em 12 meses, o índice desacelerou para 4,95%, de 5,30 em julho.
Petróleo, café e aeronaves: principais produtos exportados do Brasil para os Estados Unidos.
Fonte por: CNN Brasil