Bactérias podem ser empregadas na produção de vírus que combatem tumores

Pesquisadores, em estudo com camundongos, conseguiram converter bactérias em “cavalos de Troia” para transportar vírus e destruir células cancerígenas.

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(Imagem de reprodução da internet).

Pesquisadores da Universidade de Columbia, nos Estados Unidos, criaram uma terapia que utiliza bactérias e vírus em colaboração para o tratamento do câncer. O estudo foi publicado em 15 do mês passado na revista científica Nature Biomedical Engineering.

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A comunidade médica e científica estuda os vírus devido à sua habilidade de infectar tumores e eliminar células cancerígenas. Contudo, nosso sistema imunológico pode destruir esses microrganismos, exercendo sua função natural de proteção contra infecções.

Novas pesquisas empregaram bactérias geneticamente modificadas para evitar que o sistema imunológico destrua vírus anticâncer específicos. Essa possibilidade surgiu ao unir a característica de certas bactérias de identificar e atacar tumores com a predisposição natural desses vírus de infectar e eliminar células cancerígenas.

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Almejavam otimizar a terapia bacteriana contra o câncer, possibilitando que as bactérias entregassem e ativassem um vírus terapêutico diretamente nas células tumorais, ao mesmo tempo em que se desenvolviam salvaguardas para restringir a disseminação viral para fora do tumor, afirma Jonathan Pabón, coautor principal do estudo, em comunicado.

Bactérias escondem os vírus do sistema imunológico.

Para confundir o sistema imunológico e evitar que ele atacasse vírus com capacidade de destruir tumores, os pesquisadores inseriram o vírus dentro de bactérias que também atacam células cancerígenas. Em outras palavras, as bactérias funcionaram como uma “camuflagem”, protegendo o vírus dos anticorpos presentes e levando-o aos tumores, conforme explica Zakary S. Singer, coautor principal do estudo.

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Pabón afirma que essa estratégia é particularmente relevante para vírus aos quais as pessoas já estão expostas em seu cotidiano.

Ele afirma que o sistema comprova que bactérias podem ser utilizadas para lançar um vírus oncolítico no tratamento de tumores sólidos em pacientes que desenvolveram imunidade a esses vírus.

A bactéria empregada pelos pesquisadores foi a Salmonella typhimurium, uma espécie que se move naturalmente para ambientes ricos em nutrientes e com baixo teor de oxigênio presentes nos tumores. Após se estabelecer ali, a bactéria invade as células cancerígenas e libera o vírus diretamente no interior do tumor. O estudo foi conduzido em camundongos.

“Nós programamos as bactérias para atuarem como um cavalo de Troia, transportando o RNA viral para dentro dos tumores e, em seguida, se liberando diretamente nas células cancerígenas para liberar o genoma viral, que então poderia se espalhar entre as células cancerígenas”, explica Singer.

E qual o risco de infecções?

Essa era uma preocupação real dos pesquisadores. Assim, a equipe utilizou um truque molecular que assegurou que o vírus não pudesse se propagar para outras áreas do organismo, gerando doenças, sem uma molécula que só poderia ser obtida com a bactéria. Considerando que a bactéria permanece no tumor, esse componente vital (chamado protease) não estava disponível em nenhum outro lugar do corpo.

Singer afirma que partículas virais poderiam se formar nas proximidades de bactérias, necessárias para fornecer maquinário especial essencial para a maturação viral no vírus modificado, criando uma dependência sintética entre os microrganismos.

Essa proteção incorpora uma segunda barreira de controle: ainda que o vírus se desloque fora do tumor, ele não se propagará nos tecidos saudáveis.

“Esses sistemas são, especificamente, voltados para aumentar a segurança dessas terapias vivas, que serão essenciais para traduzir esses avanços para a clínica”, diz Singer.

O estudo representa um avanço notável no enfrentamento do câncer, ainda que mais pesquisas sejam necessárias, incluindo aplicações clínicas em humanos.

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Fonte por: CNN Brasil

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