Azul obtém financiamento de emergência no valor de 250 milhões de dólares
Empresa obtém investimento para continuar suas atividades durante a reestruturação de suas dívidas; estima-se que encerre o processo até o início de 2026.

O vice-presidente Institucional e Corporativo da Azul, Fabio Campos, informou que a empresa já obteve US$ 250 milhões do aporte emergencial previsto no pacote de financiamento DIP (Debtor-in-Possession) do processo de recuperação judicial (Chapter11). O montante total poderá atingir US$ 1,6 bilhão.A empresa realizou o 1º dia de audiência na quinta-feira (29.mai.2025) e apresentou pedidos para continuar operando em sua normalidade. A Azul ainda receberá até US$ 950 milhões de credores e parceiros estratégicos para fortalecer sua posição financeira durante a reorganização.Formulário de cadastroSegundo Campos, o desembolso será dividido em três etapas e liberado conforme o progresso das audiências. A segunda audiência foi agendada para o dia 9 de julho, momento em que a empresa iniciará a execução do plano de saída do processo.A Audiência de Confirmação, que determinará se a Corte americana aprovará ou não o plano da Azul para a saída do processo de recuperação judicial, ainda não possui data definida.Campos declara que, com o suporte dos parceiros da empresa, existe confiança de que a Azul deverá concluir todas as questões judiciais até o final do ano e deixar o processo até o início do próximo ano.Ele afirma que, mesmo em curso o processo de reestruturação, a Azul continuará operando normalmente e cumprindo o compromisso com os clientes e parceiros.A pandemia teve diversos impactos significativos.A aviação não possui linha de financiamento permanente e viável, como a construção civil e o agronegócio, de acordo com o vice-presidente Institucional e Corporativo da Azul. Para ele, essa será uma das principais demandas do setor, que ainda enfrenta os efeitos adversos da pandemia de Covid-19.A pandemia transformou o cenário global de forma abrupta. Antes de 2019, a Azul se destacava como uma das empresas mais sólidas do mercado. No entanto, afirma Campos, diversos governos internacionais receberam apoio financeiro para o setor aéreo, o que não ocorreu no Brasil.A confirmação da aprovação do Fundo Nacional de Aviação Civil em 2024 representou uma notícia positiva, contudo, a empresa ainda não obteve o pagamento correspondente. Isso motivou a apresentação do pedido de recuperação judicial.A execução ainda não ocorreu. O dinheiro não foi disponibilizado. A falta de acesso a esses recursos contribuiu para a decisão de prosseguir com a recuperação judicial.Fusão se distanciaCom o requerimento de recuperação judicial, uma possível fusão entre Azul e Gol se torna mais improvável, segundo Campos. Ele afirma que o foco da Azul será o processo de recuperação judicial e reestruturação da empresa.O foco da empresa permanecerá no processo de reestruturação em curso.
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Fonte por: Poder 360
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Autor(a):
Ricardo Tavares
Fluente em quatro idiomas e com experiência em coberturas internacionais, Ricardo Tavares explora o impacto global dos principais acontecimentos. Ele já reportou diretamente de zonas de conflito e acompanha as relações diplomáticas de perto.