Chocante Cenas na Vila Cruzeiro: Avô Relata Perda do Neto em Megaoperação
Na manhã de quarta-feira, 29 de outubro, a Vila Cruzeiro, localizada no Complexo da Penha, Zona Norte do Rio de Janeiro, foi palco de uma cena impactante: dezenas de corpos foram encontrados estendidos em frente a uma creche. A ocorrência gerou comoção e levantou questões sobre a violência e a criminalidade na região.
CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE
Um avô de 63 anos, que criou o neto como filho, compareceu ao local em busca do jovem, mas não o encontrou, pois o rabecão já havia removido o corpo. O jovem, identificado como Café, foi uma das 121 vítimas fatais da megaoperação mais letal da história do estado.
O avô, que preferiu não se identificar, expressou sua dor e lamentou a perda do neto. Ele relatou que Café era um bom instrumentista e gostava de jogar bola. “Dentro da comunidade, a gente acaba perdendo para isso aí (aponta para a fila de corpos).
CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE
Você perde o filho duas vezes: uma quando ele já não consegue mais te escutar (e entra para o crime) e depois quando morre”, declarou ao Extra.
Adicionalmente, o idoso revelou que enfrentou problemas de saúde no coração, possivelmente relacionados às circunstâncias da morte do neto. Ele mencionou a última conversa que teve com o jovem.
LEIA TAMBÉM!
“Falei com ele a última vez às 4h de ontem. Disse: “vou me cuidar pai, te amo muito” e mandou um coração. Depois não falou mais nada. Um amigo dele o viu sendo preso. Fomos na cidade da polícia ontem. O policial informou para a gente voltar hoje.
E depois encontramos o corpo dele na mata” completou.
Apoio da Comunidade
Parte da população que reside na comunidade local se deslocou até o local onde os corpos foram dispostos, demonstrando solidariedade e buscando oferecer apoio. Uma mulher, que também preferiu não se identificar, relatou que, em seus 37 anos de residência no Complexo da Penha, nunca presenciara uma cena tão devastadora.
“Não tem como não se compadecer. A gente quer mostrar a realidade que vivemos aqui. Tem morto com sinal de tortura. Três sem cabeça, outros com facadas, sem dedos. Só faço uma pergunta, para que o governador responda: o que é o certo pra ele? Na minha visão, isso não é certo”
