Avenida Faria Lima, principal centro financeiro do Brasil, concentra 42 mandatos de operação contra o Primeiro Comando de Capital Humano

Diversas empresas, incluindo gestoras de investimentos e instituições financeiras, estão envolvidas; a investigação revela uma sonegação de tributos est…

28/08/2025 10:26

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Avenida Faria Lima, principal centro financeiro do Brasil, concentra 42 mandatos de operação contra o Primeiro Comando de Capital Humano
(Imagem de reprodução da internet).

A operação realizada pela MPSP (Ministério Público de São Paulo) nesta quinta-feira (28) contra um esquema de fraudes no setor de combustíveis, com a participação de integrantes do PCC (Primeiro Comando da Capital), resultou em 42 mandados de busca e apreensão na Avenida Faria Lima, principal centro financeiro do país.

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Incluem-se, entre outros, gestoras de fundos de investimentos e instituições financeiras. Situadas no centro financeiro paulista, encontram-se a Reag Investimentos, a Trustee DTVM e o Banco Genial.

A Reag declarou que continua colaborando integralmente com as autoridades competentes, oferecendo as informações e documentos solicitados, e se mantém à disposição para quaisquer esclarecimentos adicionais que se façam necessários.

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Compreenda a estrutura do PCC

Conforme a investigação, o esquema criminoso, com participação do PCC, prejudicou não apenas os consumidores que abastecem seus veículos, mas “toda uma cadeia econômica”. A investigação aponta um valor de R$ 7,6 bilhões em sonegação de tributos por meio desse esquema.

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Cerca de mil postos de combustíveis, ligados ao grupo, registraram um volume de negócios de R$ 52 bilhões entre 2020 e 2024. Uma fintech que operava como banco paralelo da organização movimentou sozinha R$ 46 bilhões, quantia não rastreável no período.

De acordo com o MPSP, o PCC está ligado a uma rede de organizações criminosas, cujos vínculos são estabelecidos de maneira permanente ou eventual, e convergente, visando garantir a eficácia das atividades econômicas ilícitas, através da sua inserção na economia formal, como no setor de combustíveis e no sistema financeiro.

São suspeitos de cometerem crimes contra a ordem econômica, adulteração de combustíveis, crimes ambientais, lavagem de dinheiro, fraude fiscal e estelionato. As irregularidades foram detectadas em várias fases do processo de produção e distribuição de combustíveis.

Como operava o esquema.

Uma das principais linhas da fraude sob investigação envolve a importação irregular de metanol. O produto, que entra no país pelo Porto de Paranaguá, no Paraná, não é entregue aos destinatários especificados nas notas fiscais. Em vez disso, é desviado e transportado clandestinamente, com documentação falsa e em violação às normas de segurança, ameaçando motoristas, pedestres e o meio ambiente.

O metanol, altamente inflamável e tóxico, é direcionado a postos e distribuidoras, nos quais é utilizado para adulterar combustíveis, gerando os lucros bilionários da organização criminosa.

Foram identificadas fraudes em diversas estações de serviço, onde os clientes pagavam por quantidades menores do que as indicadas pelas bombas, caracterizando-se como fraude quantitativa, ou por combustíveis adulterados que não atendiam às especificações técnicas exigidas pela ANP, considerada fraude qualitativa.

A investigação revelou que proprietários de postos de gasolina que venderam seus estabelecimentos não receberam os valores da transação e foram ameaados de morte caso tentassem realizar qualquer cobrança.

A investigação do Ministério Público aponta que a origem desses desvios foi transferida para uma rede criminosa complexa, que esconde os verdadeiros beneficiários através de estruturas societárias e financeiras, notadamente em empresas de fachada, fundos de investimento e instituições de pagamento.

Com esses recursos, os criminosos financiaram a aquisição de usinas sucroalcooleiras e ampliaram a atuação do grupo, que incorporou em sua estrutura criminosa distribuidoras, transportadoras e postos de combustíveis.

Fonte por: CNN Brasil

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