Avanços na Quimioterapia: Chad Mirkin Revela Nanotecnologia que Promete Menos Efeitos Colaterais

Avanços na quimioterapia: Chad Mirkin, da Universidade Northwestern, apresenta SNAs que potencializam o 5-FU, aumentando eficácia e reduzindo efeitos colaterais

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(Imagem de reprodução da internet).

Avanços na Quimioterapia: O Desafio da Especificidade

Em um cenário de inovações tecnológicas na medicina, um dilema persiste na quimioterapia: sua falta de especificidade. Chad Mirkin, renomado especialista em nanotecnologia da Universidade Northwestern, em Chicago, destaca que “os quimioterápicos atuais eliminam tudo que encontram”, resultando em efeitos colaterais indesejados, como náuseas e fadiga extrema.

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Mirkin, inventor dos ácidos nucleicos esféricos (SNA), conduziu um estudo recente onde os SNAs foram utilizados como um “cavalo de Troia” para transportar o quimioterápico 5-fluorouracil (5-FU) diretamente para as células cancerosas. A equipe incorporou o 5-FU na casca do SNA, criando uma sequência sintética de DNA, enquanto um lipossoma foi adicionado ao núcleo para estabilidade.

Como a Nanotecnologia Engana as Células Cancerosas

A pesquisa focou em reconfigurar a estrutura química do 5-FU para enganar as células tumorais. Ao transformar o medicamento em um componente de DNA, as células cancerosas reconhecem a substância como DNA normal e a absorvem. Dentro da célula, esse “DNA falso” libera o 5-FU, comprometendo a maquinaria genética do tumor.

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Esse redesenho não apenas aumenta a absorção do medicamento, mas também potencializa sua eficácia contra o câncer, reduzindo significativamente os efeitos colaterais. Mirkin explica que “não é a droga em si, mas a maneira como o corpo a processa” que faz a diferença, já que o 5-FU é altamente tóxico e pouco solúvel.

Resultados Promissores e Futuro da Nanomedicina

Os testes mostraram que a nova forma do quimioterápico, em comparação ao tradicional, teve uma absorção celular 12,5 vezes mais eficiente e uma capacidade de destruição das células cancerosas até 20 mil vezes maior, sem efeitos colaterais observáveis.

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Este avanço representa um marco na nanomedicina estrutural, onde a arquitetura molecular dos medicamentos é redesenhada para otimizar sua interação com o organismo.

Embora a implementação dessa nanomedicina em hospitais ainda exija investimentos significativos, há motivos para otimismo. A tecnologia dos SNAs já está sendo testada em humanos para outras condições, superando desafios regulatórios. Mirkin acredita que, se os resultados em modelos animais se confirmarem em pacientes humanos, isso poderá revolucionar a quimioterapia, proporcionando tratamentos mais eficazes e com menos efeitos colaterais.

Gabriel é economista e jornalista, trazendo análises claras sobre mercados financeiros, empreendedorismo e políticas econômicas. Sua habilidade de prever tendências e explicar dados complexos o torna referência para quem busca entender o mundo dos negócios.

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