A Agência Internacional de Energia Atômica comunicou que não foram detectados aumentos nos níveis de radiação após a ofensiva americana.
O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, declarou que as principais instalações nucleares do Irã foram “desativadas” em ataques militares durante a noite de sábado (21), incluindo a instalação de Fordow, construída em uma montanha, enquanto os EUA se juntam aos ataques lançados por Israel em 13 de junho, entrando diretamente no conflito.
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Especialistas declaram que os ataques militares às instalações de enriquecimento de urânio do Irã apresentam riscos limitados de contaminação, e a Agência Internacional de Energia Atômica (IAEA) afirmou no domingo (22) que não houve aumento nos níveis de radiação após os ataques americanos.
O diretor-geral da Agência Internacional de Energia Atômica (AIEA), Rafael Grossi, afirmou que o Irã comunicou à agência que não houve elevação nos níveis de radiação fora dos locais em nenhuma das três instalações [atacadas pelos EUA]. A situação nas demais instalações permanece como descrita em minhas atualizações anteriores, e a AIEA não tem conhecimento de outros ataques às instalações nucleares iranianas desde a manhã de domingo. Estamos acompanhando a situação e incentivamos o órgão regulador iraniano a manter contato com o centro de incidentes e emergências da AIEA.
Os militares dos Estados Unidos realizaram ataques em Fordow, Natanz e Isfahan. Trump declarou que as principais instalações de enriquecimento de urânio do Irã foram “destruídas de forma completa e total”.
A Agência Internacional de Energia Atômica (AIEA) havia reportado danos nas instalações de enriquecimento de urânio em Natanz, no complexo nuclear em Isfahan, que compreende a Unidade de Conversão de Urânio, e nas instalações de produção de centrífugas em Karaj e Teerã.
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Israel atacou Arak, também conhecido como Khondab. A agência informou que os ataques militares israelenses atingiram o Reator de Pesquisa de Água Pesada de Khondab, que estava em construção e ainda não havia iniciado a operação, e danificaram a usina próxima que produzia água pesada.
A Agência Internacional de Energia Atômica declarou que o reator não estava em funcionamento e não apresentava material nuclear, sendo que, não ocorreram efeitos radiológicos.
Reatores de água pesada podem ser utilizados para produzir plutônio que, assim como o urânio enriquecido, pode ser usado para fabricar uma bomba atômica.
A principal preocupação seria um ataque ao reator nuclear iraniano em Bushehr, na costa do Golfo.
O temor de catástrofe se propagou pelo Golfo em 19 de junho, após o exército israelense anunciar ter atingido um local em Bushehr, para depois admitir que a informação era um equívoco.
Israel declara que busca evitar qualquer acidente nuclear.
Richard Wakeford, professor honorário de epidemiologia da Universidade de Manchester, afirmou que, embora a contaminação por ataques a instalações de enriquecimento seja “principalmente um problema químico” para as áreas vizinhas, danos extensos a grandes reatores de energia “são outra história”.
Seriam liberados elementos radioativos por meio de uma pluma de materiais voláteis ou no mar.
Acton, do Carnegie Endowment for International Peace, afirmou que um ataque a Bushehr “poderia causar uma catástrofe radiológica absoluta”.
Fonte por: CNN Brasil
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Lucas Almeida é o alívio cômico do jornal, transformando o cotidiano em crônicas hilárias e cheias de ironia. Com uma vasta experiência em stand-up comedy e redação humorística, ele garante boas risadas em meio às notícias.