A operação na Amazônia visava o enfrentamento do desmatamento ligado às atividades produtivas.
O Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama) concluiu a terceira fase da Operação Carne Fria, com o objetivo de combater o desmatamento relacionado às cadeias produtivas na Amazônia. Durante essa etapa, foram apreendidas 7.061 cabeças de gado provenientes de áreas ilegalmente desmatadas e foram aplicadas multas no valor de R$ 49 milhões.
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O desmatamento ilegal mais frequente ocorre na Amazônia Legal, em áreas embargadas cautelarmente, ou seja, impedidas de uso e ocupação com fins comerciais. Aproximadamente 2,1 mil hectares de floresta, que deveriam estar em recuperação, foram utilizados ilegalmente para produzir gado – crime ambiental.
No Pará, foram inspecionados 20 imóveis rurais nos municípios de São Félix do Xingu, Pacajá e Rondon, cidades com maior índice de desmatamento. Foram aplicadas multas no valor de R$ 22 milhões por descumprimento de embargos e impedimento da regeneração da vegetação. Naqueles terrenos, mais de 7 mil animais foram apreendidos, avaliados em R$ 30 milhões.
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Além das propriedades, 16 frigoríficos ligados ao esquema foram inspecionados e seis autuados em R$ 4 milhões pela compra direta de 8.172 cabeças de gado de áreas embargadas. Outros 12 frigoríficos foram notificados e estão sob investigação por aquisição de gado suspeito, triangulado com fazendas “limpas” para disfarçar a origem ilegal, conforme o órgão de proteção ambiental.
Animais de áreas ilegais eram transferidos para propriedades sem embargo para receber novas Guias de Trânsito Animal (GTAs), gerando uma aparência de legalidade antes de serem repassados a frigoríficos exportadores. A prática criminosa de “lavagem de gado” foi identificada pelos agentes.
O Ibama encaminhou as irregularidades ao Ministério Público Federal (MPF) para apuração de responsabilidades civis e criminais dos envolvidos.
Fonte por: CNN Brasil
Autor(a):
Fluente em quatro idiomas e com experiência em coberturas internacionais, Ricardo Tavares explora o impacto global dos principais acontecimentos. Ele já reportou diretamente de zonas de conflito e acompanha as relações diplomáticas de perto.