Aumento das tarifas sobre aço é prejudicial para todos, afirma Alckmin

O presidente interino declarou que a ação de Donald Trump aumentará o custo de produtos; expressou pesar e que o caminho é o diá.

04/06/2025 18:43

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o vice-presidente e ministro da Indústria, Geraldo Alckmin participa do evento em comemoração ao Dia da Indústria, em Brasília. O encontro contou com as presenças do ministro presidente do STF, Roberto Barroso, ministro da Justiça, Ricardo Lewandowski e o presidente da Câmara dos Deputados, deputado Hugo Motta e o ministro da Defesa, José Mucio, e tratou sobre os desafios e os caminhos do setor industrial no Brasil. | Sérgio Lima/Poder360 26.mai.2025
o vice-presidente e ministro da Indústria, Geraldo Alckmin participa do evento em comemoração ao Dia da Indústria, em Brasília. O encontro contou com as presenças do ministro presidente do STF, Roberto Barroso, ministro da Justiça, Ricardo Lewandowski e o presidente da Câmara dos Deputados, deputado Hugo Motta e o ministro da Defesa, José Mucio, e tratou sobre os desafios e os caminhos do setor industrial no Brasil. | Sérgio Lima/Poder360 26.mai.2025

O vice-presidente e ministro da Indústria e Comércio, Geraldo Alckmin, declarou que o aumento das tarifas sobre o aço e o alumínio, aplicado pelos Estados Unidos, é “prejudicial para todos”. Ele ressaltou que os produtos tendem a se tornar mais caros, porém o Brasil continuará promovendo o diásobre o assunto.“Olhe, em relação à ação, primeiro dizer que a medida que os Estados Unidos, o presidente, tomou, aumentando o imposto de importação de 25% para 50%, não foi só para o Brasil, foi para o mundo inteiro. Então, não é ruim para o Brasil, é ruim para todo mundo, porque você vai encarecer os produtos”, declarou, depois de participar de um evento em Arinos (MG).Alckmin reiterou que, no setor, Brasil e Estados Unidos possuem uma complementaridade econômica. Isto significa que, ao exportar aço para os norte-americanos, também importamos matérias-primas para a siderurgia e produtos elaborados com as exportações brasileiras.Ele expressou pesar pelo aumento da taxa, porém defendeu que o ideal é promover o diá. De acordo com o presidente, oito dos dez produtos mais exportados pelos norte-americanos para o Brasil não possuem tarifa de importação.Um grupo de trabalho foi estabelecido do lado brasileiro, composto pelo MIDIC (Ministério do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços) e pelo Ministério das Relações Exteriores. Já realizamos reuniões presenciais e por videoconferência e vamos aprofundar esse diáe evidenciar que o Brasil não é problema para os Estados Unidos”, afirmou.Na terça-feira (3 jun), Trump assinou um decreto para elevar as tarifas, antes estabelecidas em 25%, para 50%. O Brasil deve ser um dos países mais impactados pela medida, considerando que os Estados Unidos são o maior importador de aço brasileiro e o segundo maior de alumínio.As recentes tarifas implementadas pelo presidente dos Estados Unidos, Donald Trump (Partido Republicano), sobre aço e alumínio, começaram a valer na quarta-feira, 4 de junho.Artigos de aço são importados para os Estados Unidos em quantidades e circunstâncias que ameaçam comprometer a segurança nacional, diz o decreto assinado por Trump.De acordo com o governo dos Estados Unidos, a medida visa proteger as indústrias norte-americanas de práticas comerciais consideradas desleais pela gestão Trump. A decisão se baseia na Seção 232 da Lei de Expansão Comercial de 1962, que autoriza o presidente a ajustar importações quando há ameaça à segurança nacional. O decreto não foi uma surpresa. Trump já havia dito na sexta-feira (30.mai) que iria dobrar as tarifas.Os Estados Unidos não desejam se encontrar em uma situação que os impeça de responder às necessidades de defesa nacional e infraestrutura crítica durante uma emergência.O BrasilAs tarifas de 25% dos Estados Unidos sobre as importações de aço e alumínio do Brasil entraram em vigor em 12 de março.O setor de aço e alumínio registrou vendas de US$ 5,29 bilhões nos Estados Unidos no ano passado, correspondendo a 39,4% das exportações brasileiras para o mundo em 2024.Como funcionaráAs novas tarifas se aplicam apenas a produtos que contêm aço e alumínio como componentes, mas não são feitos inteiramente desses metais.Os demais componentes seguem as tarifas já existentes para cada categoria de produto.O governo dos EUA intensificará o controle sobre declarações de importação, demandando relatórios rigorosos sobre o conteúdo metálico dos produtos. Empresas que apresentarem informações falsas poderão ser multadas ou perder o direito de importar.A política de tarifas sobre aço e alumínio representou um retorno às políticas implementadas durante o primeiro mandato de Trump, período em que as tarifas resultaram em uma queda de aproximadamente 90% nas importações de aço e alumínio entre 2016 e 2020.De acordo com o comunicado da Casa Branca, a utilização da capacidade da indústria siderúrgica americana diminuiu de 80% em 2021 para 75,3% em 2023. No setor de alumínio, o índice caiu de 61% em 2019 para 55% em 2023.A Casa Branca afirmou que a restauração e o fortalecimento das tarifas da Seção 232, implementados no início de 2025, foram “amplamente celebrados” pelos setores impactados.

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Fonte por: Poder 360

Autor(a):

Ambientalista desde sempre, Bianca Lemos se dedica a reportagens que inspiram mudanças e conscientizam sobre as questões ambientais. Com uma abordagem sensível e dados bem fundamentados, seus textos chamam a atenção para a urgência do cuidado com o planeta.