Aumento da taxa de juros aumentou os riscos e transformou o perfil da dívida em julho, segundo o Tesouro

Com as pressões no mercado e a situação mais volátil, os investidores optaram por títulos lastreados na taxa Selic, vistos como mais seguros em momentos…

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Moeda Nacional, Real, Dinheiro, notas de real

A elevação das tensões comerciais, notadamente após o anúncio da alíquota de 50% sobre produtos brasileiros exportados para os Estados Unidos, elevou a percepção de risco dos investidores em relação ao Brasil, conforme declarado pelo coordenador-geral de Operações da Dívida Pública, Helano Borges.

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Em julho, a DPF (Dívida Pública Federal) aumentou 0,71%, elevando-se de R$ 7,88 trilhões em junho para R$ 7,94 trilhões, conforme dados divulgados nesta quarta-feira (27) pelo Tesouro Nacional.

As condições externas aumentaram o interesse por riscos devido aos bons indicadores dos Estados Unidos, porém esse efeito não se refletiu no Brasil devido às tarifas e tensões diplomáticas. Isso elevou a percepção de risco e influenciou a curva de juros, afirmou Borges.

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O efeito foi notório nas emissões do Tesouro. Em julho, foram negociados R$ 118 bilhões em títulos, com destaque para as LFTs, que representaram 58% do volume total.

Já os resgates alcançaram R$ 152 bilhões, resultando em resgate líquido de R$ 33 bilhões no mês. Contudo, o estoque da dívida aumentou devido à apuração de R$ 89,6 bilhões em juros.

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Assim, mesmo com pagamentos superiores aos títulos emitidos, o governo encerrou o mês com maior endividamento, devido aos juros elevados que se somam ao montante devido.

Com as tensões no mercado e o cenário mais incerto, os investidores optaram por títulos atrelados à Selic, vistos como mais seguros em períodos de instabilidade, em vez de títulos prefixados ou indexados à inflação.

O movimento já vinha sendo percebido desde maio. Assim, o Tesouro precisou ajustar a composição das emissões no mês.

Diante do aumento da percepção de risco e da incerteza, os investidores buscaram mais títulos pós-fixados, resultando na emissão de R$ 69 bilhões em LFTs, que representaram 58% do total emitido no mês.

A composição da dívida também variou. A participação dos papéis prefixados diminuiu de 21,6% para 20,2%, ao passo que os atrelados à Selic aumentaram de 48,2% para 49,2% e os indexados à inflação subiram de 26,5% para 26,7%. A parcela cambial passou de 3,8% para 3,9%.

O fechamento concentrado em títulos prefixados diminuiu sua relevância no volume, permitindo o desenvolvimento dos demais indicadores, principalmente os papéis ligados à taxa variável, declarou Borges.

O tempo médio da dívida pública permaneceu em patamares próximos, saltando de 4,14 anos em junho para 4,16 anos em julho. Por outro lado, o custo médio acumulado em 12 meses subiu de 11,41% para 11,63% ao ano.

Fonte por: CNN Brasil

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