A atriz Sydney Sweeney, 27 anos, que se envolveu em uma controvérsia relacionada a uma campanha publicitária de jeans, na qual usuários da internet acusaram a campanha de racismo e eugenia, possui filiação ao Partido Republicano nos Estados Unidos. O partido é o mesmo do atual presidente, Donald Trump, e representa a direita no país.

A CNN confirmou a informação neste domingo (3) após usuários do X (antigo Twitter) identificarem a inclinação política da atriz e o site “Buzzfeed” publicar um “Os genes são transmitidos de pais para filhos, muitas vezes determinando características como cor do cabelo, personalidade e até mesmo a cor dos olhos. Meu jeans é azul”. Até que uma voz, ao fundo, complementa falando o slogan: “Sydney Sweeney tem jeans ótimos”.

Sayantani DasGupta, autora, médica e docente do curso de Medicina Narrativa na Universidade de Columbia, declarou que a propaganda está “embutida de mensagem eugenista”. “Propagandas não nos vendem produtos, vendem noções de amor, sexualidade, corpos e afins”, pontua ela. E acrescenta: “Sydney aponta esse paralelo entre ‘genes’ e ‘jeans’ ao falar sobre as características herdadas de pais para filhos. E uma mulher racializada não teria sido contratada para essa campanha”.

É uma pseudociência que busca a “melhoria genética dos seres humanos” e, segundo o National Human Genome Research Institute, é uma “teoria imprecisa, associada a formas históricas e atuais de discriminação, racismo, capacitismo e colonialismo”.

Outro ponto também é levantado pela semelhança da campanha de 2025 com o anúncio de 1991 de Brooke Shields, com 15 anos na época, para a Calvin Klein. Além de trazer uma mensagem sobre características genéticas, a estrela adolescente dizia: “Quer saber o que há entre eu e meus jeans? Nada”.

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Rachel Lowestein, consultora cultural, aponta que a propaganda da American Eagle retorna à “estratégia de publicidade mais antiga: sexo vende”. Ela ressalta que, apesar das reclamações de muitas mulheres em relação ao tom da propaganda, o valor da marca atingiu um pico no mercado, com ações da empresa subindo 10% em alguns dias, adicionando US$ 200 milhões (cerca de R$ 1,1 bilhão) ao valor do grupo, conforme relatado pela Vanity Fair.

Até o momento, a atriz e a American Eagle não fizeram nenhuma declaração formal sobre o assunto. Segundo publicação no LinkedIn de Asheley Schapiro, vice-presidente de Marketing da empresa, ela e Sydney conversaram previamente sobre os limites da campanha: “Perguntamos: ‘Até onde você quer ir?’ e ela deu um sorriso e disse: ‘Vamos, eu topo’.”

A American Eagle respondeu à polêmica na sexta-feira (1º) no Instagram. “Sydney Sweeney tem um jeans ótimo e sempre foi sobre jeans. O jeans dela. A história dela”, inicia a nota.

Manteremos a celebração, com todos usando American Eagle com confiança e à sua maneira. Calças jeans são uma ótima opção para todos, conclui.

Sydney Sweeney ainda não se manifestou sobre a controvérsia.

Observe a publicidade.

A publicação da American Eagle.

Sydney Sweeney afirmou ter emagrecido mais de 13 kg para um filme.

Fonte por: CNN Brasil