Atleta do Bragantino é mantido em observação médica após experiência considerada “quase fatal”

Pedro Severino, com 19 anos, esteve hospitalizado no Hospital Unimed Ribeirão Preto por 96 dias em razão de um acidente automobilístico.

10/06/2025 13:25

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Atleta do Bragantino é mantido em observação médica após experiência considerada “quase fatal”
(Imagem de reprodução da internet).

O jogador do Bragantino , Pedro Severino, de 19 anos, recebeu alta hospitalar na manhã desta terça-feira (10). O jovem sofreu um acidente de carro em março e teve iniciado processo de morte encefálica. A informação da alta foi confirmada pelo Hospital Unimed Ribeirão Preto, onde Pedro Severino ficou internado por 96 dias.

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É possível recuperação após morte cerebral? Entenda o caso do jogador do Bragantino.

Segundo publicação nas redes sociais do pai do atleta , Lucas Lúcia Severino, em parceria com o Hospital Unimed, o jovem já havia retomado o movimento, realizava exercícios de locomoção com auxílio de fisioterapeutas, se alimentava normalmente e havia iniciado a comunicação verbal.

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Após grande sofrimento, intensa tristeza, contudo, muitas surpresas e muitas alegrias, o Pedro está vivo e viverá!, escreveu o pai há cerca de 10 dias.

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Analise o caso.

Pedro Severino e o colega Pedro Castro, ambos com 18 anos, estavam retornando de um período de descanso quando o automóvel em que viajavam bateu contra um caminhão. O veículo era dirigido por um motorista contratado.

Severino foi encaminhado em estado crítico ao Hospital Municipal Dr. Waldemar Tebaldi, em Americana (SP), com traumatismo craniano grave e inconsciente. Em 5 de março, a unidade hospitalar iniciou o protocolo de morte encefálica, mas o procedimento foi interrompido após o atleta demonstrar reflexo de tosse.

Não foi constatada morte cerebral.

O neurocirurgião Guilherme Lepski, do Hospital das Clínicas e Instituto de Neurocirurgia de São Paulo, em entrevista à CNN, explicou que o caso não é incomum devido aos protocolos adotados para declarar a morte cerebral. A equipe médica precisa seguir uma série de procedimentos para assegurar que não há, de fato, atividade cerebral antes de determinar o óbito.

É incorreto afirmar que a morte encefálica foi declarada e depois revertida. Trata-se de uma desinformação grave, que pode levar a população a interpretar que morte encefálica é uma coisa reversível. Não é absolutamente o caso. No caso dele, não houve o diagnóstico de morte encefálica. A prova clínica foi interrompida porque ele tossiu.

O neurologista William Rezende explica que o tronco encefálico é justamente a parte do cérebro responsável pela tosse, sintoma apresentado pelo jogador do Bragantino que fez com que a equipe médica interrompesse o protocolo de morte encefálica.

Sob a supervisão de Carolina Figueiredo.

Fonte por: CNN Brasil

Autor(a):

Apaixonada por cinema, música e literatura, Júlia Mendes é formada em Jornalismo pela Universidade Federal de São Paulo. Com uma década de experiência, ela já entrevistou artistas de renome e cobriu grandes festivais internacionais. Quando não está escrevendo, Júlia é vista em mostras de cinema ou explorando novas bandas independentes.