Pedro Severino, com 19 anos, esteve hospitalizado no Hospital Unimed Ribeirão Preto por 96 dias em razão de um acidente automobilístico.
O jogador do Bragantino , Pedro Severino, de 19 anos, recebeu alta hospitalar na manhã desta terça-feira (10). O jovem sofreu um acidente de carro em março e teve iniciado processo de morte encefálica. A informação da alta foi confirmada pelo Hospital Unimed Ribeirão Preto, onde Pedro Severino ficou internado por 96 dias.
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É possível recuperação após morte cerebral? Entenda o caso do jogador do Bragantino.
Segundo publicação nas redes sociais do pai do atleta , Lucas Lúcia Severino, em parceria com o Hospital Unimed, o jovem já havia retomado o movimento, realizava exercícios de locomoção com auxílio de fisioterapeutas, se alimentava normalmente e havia iniciado a comunicação verbal.
Após grande sofrimento, intensa tristeza, contudo, muitas surpresas e muitas alegrias, o Pedro está vivo e viverá!, escreveu o pai há cerca de 10 dias.
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Pedro Severino e o colega Pedro Castro, ambos com 18 anos, estavam retornando de um período de descanso quando o automóvel em que viajavam bateu contra um caminhão. O veículo era dirigido por um motorista contratado.
Severino foi encaminhado em estado crítico ao Hospital Municipal Dr. Waldemar Tebaldi, em Americana (SP), com traumatismo craniano grave e inconsciente. Em 5 de março, a unidade hospitalar iniciou o protocolo de morte encefálica, mas o procedimento foi interrompido após o atleta demonstrar reflexo de tosse.
O neurocirurgião Guilherme Lepski, do Hospital das Clínicas e Instituto de Neurocirurgia de São Paulo, em entrevista à CNN, explicou que o caso não é incomum devido aos protocolos adotados para declarar a morte cerebral. A equipe médica precisa seguir uma série de procedimentos para assegurar que não há, de fato, atividade cerebral antes de determinar o óbito.
É incorreto afirmar que a morte encefálica foi declarada e depois revertida. Trata-se de uma desinformação grave, que pode levar a população a interpretar que morte encefálica é uma coisa reversível. Não é absolutamente o caso. No caso dele, não houve o diagnóstico de morte encefálica. A prova clínica foi interrompida porque ele tossiu.
O neurologista William Rezende explica que o tronco encefálico é justamente a parte do cérebro responsável pela tosse, sintoma apresentado pelo jogador do Bragantino que fez com que a equipe médica interrompesse o protocolo de morte encefálica.
Sob a supervisão de Carolina Figueiredo.
Fonte por: CNN Brasil
Autor(a):
Apaixonada por cinema, música e literatura, Júlia Mendes é formada em Jornalismo pela Universidade Federal de São Paulo. Com uma década de experiência, ela já entrevistou artistas de renome e cobriu grandes festivais internacionais. Quando não está escrevendo, Júlia é vista em mostras de cinema ou explorando novas bandas independentes.