Jess Carter comunicou, no domingo (20), sua decisão de se afastar das plataformas digitais durante a competição.
A lateral da seleção da Inglaterra, Jess Carter, declarou ter sofrido insultos racistas online desde o início da Eurocopa 2025, na Suíça.
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Ela comunicou, no domingo (20), que se afastaria das redes sociais durante o torneio.
Apesar de cada torcedor ter o direito à sua opinião sobre desempenho e resultado, não concordo e não acho que seja aceitável atacar a aparência ou a raça de alguém, escreveu Carter, que é negro, em uma longa declaração no Instagram. “Estou tomando essa medida para me proteger e tentar manter meu foco em ajudar o time de qualquer maneira que puder.”
Almejo que a manifestação pública incentive aqueles que cometem tais atos a refletirem, para que outros não precisem enfrentar situações semelhantes.
A atleta de 27 anos atuou como titular em todos os jogos da Inglaterra no torneio. A Inglaterra se enfrentará à Itália nas semifinais na terça-feira (22), em Genebra.
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O presidente da Associação de Futebol, Mark Bullingham, condenou o abuso. “Nossa prioridade é Jess e dar a ela todo o apoio necessário”, disse Bullingham em comunicado. “Condenamos veementemente os responsáveis por esse racismo repugnante”, afirmou.
Bullingham afirmou que a FA entrou em contato com a polícia do Reino Unido, que está em contato com a plataforma de mídia social relevante. “Estamos trabalhando com a polícia para garantir que os responsáveis por esse crime de ódio sejam levados à justiça”, declarou.
Infelizmente, não se trata do primeiro incidente envolvendo uma jogadora da Inglaterra, portanto, adotamos medidas que nos permitiram responder prontamente e, sempre que possível, fornecer informações para fundamentar qualquer possível ação policial.
As mulheres da Inglaterra não se ajoelharão antes dos jogos, incluindo as quatro partidas disputadas até então na Suíça, como um gesto simbólico contra o racismo.
É evidente que nós e o futebol necessitamos encontrar outra forma de combater o racismo. Concordaram como equipe em permanecer em pé até o início do jogo na terça-feira.
A equipe declarou: “Estamos com Jess e todas as jogadoras das Lionesses, do passado e do presente, que sofreram racismo”. “Representar o seu país é a maior honra. Não é certo que, enquanto fazemos isso, algumas de nós sejam tratadas de forma diferente simplesmente por causa da cor da nossa pele.”
A UEFA, órgão máximo do futebol europeu, declarou: “Abuso e discriminação nunca devem ser tolerados, seja no futebol ou na sociedade, presencialmente ou online”.
“Estamos com o Jess”, declarou a UEFA em comunicado.
Fonte por: CNN Brasil
Autor(a):
Ex-jogador de futebol profissional, Pedro Santana trocou os campos pela redação. Hoje, ele escreve análises detalhadas e bastidores de esportes, com um olhar único de quem já viveu o outro lado. Seus textos envolvem os leitores e criam discussões apaixonadas entre fãs.