Atividade Industrial da Zona do Euro Entra em Contração
A atividade industrial na zona do euro registrou uma nova queda em novembro, retornando ao território de contração devido ao enfraquecimento da demanda. Esse cenário levou as empresas a realizarem cortes de empregos na taxa mais rápida em sete meses, conforme aponta uma pesquisa privada.
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O PMI (Índice de Gerentes de Compras) HCOB da indústria para a região caiu para 49,6 em novembro, em comparação com 50,0 em outubro. Este é o menor nível em cinco meses e ficou ligeiramente abaixo da leitura preliminar de 49,7. Valores acima de 50,0 indicam crescimento, enquanto abaixo desse patamar sinalizam contração.
Desafios Persistentes e Cortes de Emprego
Os novos pedidos diminuíram após um período de estagnação em outubro, e as encomendas de exportação caíram pelo quinto mês consecutivo, evidenciando os desafios nos mercados internacionais. Em resposta à queda na demanda, os fabricantes cortaram empregos na taxa mais rápida desde abril, enquanto os estoques de produtos acabados diminuíram na maior margem desde julho de 2021.
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Cyrus de la Rubia, economista-chefe do Hamburg Commercial Bank, destacou que a situação atual da zona do euro é preocupante, pois o setor manufatureiro permanece estagnado e tende à contração. Embora a produção tenha continuado a crescer, o ritmo foi consideravelmente mais lento, com o índice de produção caindo de 51,0 em outubro para 50,4, a leitura mais fraca em nove meses.
Custos e Confiança das Empresas
Os custos de insumos aumentaram na taxa mais acentuada desde março, após meses de preços relativamente estáveis. Contudo, as empresas conseguiram absorver a maior parte dessas pressões, resultando em uma leve queda nos preços dos produtos. Apesar do cenário desafiador, a confiança das empresas melhorou, alcançando o nível mais alto desde junho.
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De la Rubia observou que o clima econômico na Alemanha apresentou uma leve melhora, enquanto na França houve uma transição do pessimismo para o otimismo. Ele comentou que, se a psicologia desempenha um papel significativo na economia, esse aumento na confiança pode ser um sinal de que as condições melhorarão no próximo ano.
Uma perspectiva econômica estável, aliada a uma inflação em torno da meta de 2% do Banco Central Europeu, deve manter as taxas de juros estáveis por um período prolongado, conforme indicou uma pesquisa da Reuters no mês passado.
