Atiradores israelenses assassinam 14 cientistas do programa nuclear iraniano
O embaixador israelense, Joshua Zarka, declarou que a morte de 14 especialistas atrasará o programa nuclear do Irã “por um bom número de anos”.

O Israel assassinou pelo menos 14 cientistas ligados ao programa nuclear iraniano em operações militares recentes, de acordo com informações divulgadas por autoridades israelenses nesta terça-feira (24.jun.2025). Os ataques, que compreenderam o alvo de 9 especialistas na primeira ofensiva de 12 de junho, tinham como objetivo retardar o desenvolvimento de armas nucleares pelo Irã.
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O embaixador israelense na França, Joshua Zarka, declarou à AP (Associated Press) que os cientistas mortos eram físicos e engenheiros nucleares de alto calibre que atuavam diretamente na produção de armas atômicas iranianas. As informações foram confirmadas pela AP, que acompanha o desenvolvimento das tensões entre os dois países no Oriente Médio.
Os especialistas falecidos, segundo Zarka, “tinham basicamente tudo em suas mentes”. Ele afirmou que os profissionais “possuíam décadas de experiência acumulada no desenvolvimento de armas nucleares”.
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As vítimas abrangiam especialistas em química, materiais e explosivos. Segundo o embaixador de Israel, os cientistas foram mortos “não por causa do conhecimento que possuíam sobre física, mas devido ao envolvimento pessoal na luta, na criação, fabricação e produção de uma arma nuclear”.
Zarka afirmou que as mortes tornaram “quase” impossível para o Irã construir armas nucleares com a infraestrutura e materiais que possam ter sobrevivido aos ataques. “O fato de o grupo inteiro desaparecer está basicamente jogando o programa para trás por um número de anos, por um bom número de anos”, declarou à AP.
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Especialistas internacionais declaram que o impacto das mortes a longo prazo no programa nuclear iraniano ainda é incerto. Mark Fitzpatrick, ex-diplomata americano e analista atual do IISS (Instituto Internacional de Estudos Estratégicos) em Londres (Reino Unido), explicou à Associated Press que “as instalações subterrâneas continuam existindo e a próxima geração de estudantes de doutorado conseguirá descobrir como fazê-lo”.
Fitzpatrick acrescentou que atacar instalações nucleares ou “matar pessoas” atrasaria o programa por um tempo. Fazer ambos atrasaria ainda mais, mas seria reconstituído. Ele também observou que “eles têm substitutos talvez na próxima categoria abaixo, e eles não são tão altamente qualificados, mas eventualmente farão o trabalho”.
O embaixador Zarka justificou as ações, afirmando: “Eu realmente acredito que pessoas que forem convidadas a fazer parte de um futuro programa de armas nucleares no Irã pensarão duas vezes sobre isso”. Ele também argumentou que “o Irã teria uma bomba há muito tempo não fosse os repetidos contratempos em seu programa nuclear”. “Eles ainda não chegaram à bomba. Cada um desses acidentes adiou um pouco o programa”, declarou.
Fonte por: Poder 360
Autor(a):
Gabriel Furtado
Gabriel é economista e jornalista, trazendo análises claras sobre mercados financeiros, empreendedorismo e políticas econômicas. Sua habilidade de prever tendências e explicar dados complexos o torna referência para quem busca entender o mundo dos negócios.