O indivíduo que assassinou quatro pessoas com tiros seguido de suicídio em um edifício alto em Nova York, tinha como alvo a sede da Liga Nacional de Futebol Americano (NFL), que era acusada de provocar danos cerebrais devido à prática do esporte, informaram as autoridades na terça-feira, 29.
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Na segunda-feira, após um dia quente, um homem armado com um fuzil de assalto entrou em um prédio na Park Avenue, entre as ruas 51 e 52, após estacionar em fila dupla.
O prefeito Eric Adams afirmou à CBS na terça-feira: “Ele tinha um bilhete informando que sofria de CTE, uma lesão cerebral característica de atletas de esportes de contato”. Ele acrescentou: “Aparentemente, ele culpou a NFL por isso”.
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Shane Tamura, 27 anos, nunca atuou na NFL, porém foi quarterback no ensino médio e possuía a crença de ter desenvolvido encefalopatia traumática crônica (ETC), uma doença cerebral degenerativa, devido a isso.
O edifício selecionado por Tamura possui os escritórios da NFL, além de outras empresas, incluindo o banco de investimentos Blackstone.
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Contudo, conforme declarado pelo prefeito, ele utilizou o elevador incorreto e chegou ao 33º andar, local onde estão os escritórios da imobiliária responsável pelo edifício, sendo que ali assassinou uma mulher antes de disparar contra o próprio tórax e sucumbir.
As câmeras de segurança registraram-no portando um fuzil M4, utilizado para disparar contra um policial, natural de Bangladesh e pai de duas crianças com mais uma em gestação, além de outras vítimas no pátio do prédio.
Uma atleta da NFL sofreu ferimentos graves no incidente, informou o comissário da liga, Roger Goodell, que também detalhou que apoio psicológico estava sendo disponibilizado aos funcionários afetados.
O militar, que sofreu ferimentos, encontra-se internado em hospital.
Enquanto aguardava o elevador, ele permitiu que uma mulher saísse sem que ela fosse prejudicada.
A polícia de Nova York informou que o agressor viajou 3.600 quilômetros, de Las Vegas (Nevada), onde residia, até a cidade de Nova York para cometer o ataque.
O presidente Donald Trump descreveu o incidente como um “ato de violência sem sentido” perpetrado por um “lunático”, em publicação na sua plataforma Truth Social.
Estudem o meu cérebro.
A polícia, citada pela mídia local, mencionou que o agressor escreveu: “Estudem o meu cérebro, sinto muito”.
Em 2021, o ex-jogador de futebol americano Phillip Adams cometeu suicídio após assassinar seis pessoas nos Estados Unidos.
A autópsia do cérebro, conduzida por neuropatologistas da Universidade de Boston, identificou lesões cerebrais “anormalmente graves” no homem de 32 anos.
A ECT pode provocar uma variedade de sintomas comportamentais, como agressividade, impulsividade, depressão, ansiedade, paranoia e ideias suicidas, além de apresentar sintomas cognitivos progressivos, como perda de memória.
A partir do início da década de 2000, vários estudos apontaram uma ligação entre essa degeneração cerebral e os golpes repetidos na cabeça, que provocam concussões cerebrais e outros traumas cranianos, frequentes na trajetória de um atleta.
Um estudo de 2017 examinou o tecido cerebral de 111 atletas da NFL que haviam falecido, notadamente em idade jovem. A encefalopatia trofică foi identificada em 110 desses indivíduos.
Fonte por: Carta Capital