Ataque israelense mata sete crianças na Grande Gaza, relata hospital

Aumento de operações foi observado nas últimas semanas, após a autorização do plano de invasão do local.

05/09/2025 7:07

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Ataque israelense mata sete crianças na Grande Gaza, relata hospital
(Imagem de reprodução da internet).

Pelo menos sete crianças, juntamente com outras pessoas, morreram em ataques na cidade de Gaza, conforme relatado por um porta-voz do Hospital Al-Shifa, durante o prosseguimento do ataque israelense à área densamente habitada.

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O porta-voz informou que os ataques visavam prédios residenciais e acampamentos de tendas que acolhem pessoas deslocadas.

Vídeos divulgados nas redes sociais apresentaram médicos e trabalhadores humanitários cuidando de crianças feridas com sangramentos e queimaduras, além de pequenos corpos em ambulâncias sendo rapidamente levados aos hospitais.

Leia também:

A CNN contatou as Forças de Defesa de Israel para obter posicionamentos.

Um bombeiro da Defesa Civil de Gaza afirmou ter corrido para salvar uma mãe e duas crianças pequenas em um prédio em chamas no bairro de Al-Daraj, na Cidade de Gaza.

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O bombeiro Aboud Majdalawi relatou a um grupo de jornalistas: “Cheguei à porta do quarto e chamei a mãe, que me disse: ‘Estou exausta, meus ossos estão derretendo e meus filhos pararam de fazer barulho’.”

Ele informou ter observado a mãe se movendo no chão, em busca dos filhos, com as mãos queimadas. Conseguiu resgatar a mãe, o filho e a filha, que estavam carbonizados pelas chamas, e os transportou para o Hospital Al-Shifa.

Não superei esta situação e não superei para o resto da minha vida, e os gritos da mãe e de seus filhos continuam a ecoar na minha mente.

Israel intensificou a ofensiva na Cidade de Gaza nas últimas semanas, gerando “consequências humanitárias terríveis”, conforme atualização do Escritório das Nações Unidas para a Coordenação de Assuntos Humanitários na quarta-feira (3).

O primeiro-ministro israelense, Benjamin Netanyahu, assegurou que tomará a cidade de Gaza, mesmo com a crescente condenação internacional, os protestos em Israel e as repetidas objeções da liderança militar.

<h2 Compreenda o conflito na Faixa de Gaza

A guerra na Faixa de Gaza iniciou-se em 7 de outubro de 2023, após o Hamas realizar um ataque terrorista contra Israel.

Mil e duzentos indivíduos do grupo extremista palestino assassinaram e sequestraram 251 reféns naquele dia.

As tropas israelenses lançaram uma grande operação, com ataques aéreos e terrestres, buscando resgatar os reféns e neutralizar o comando do Hamas.

Os confrontos ocasionaram a destruição do território palestino e o deslocamento de aproximadamente 1,9 milhão de pessoas, o que representa mais de 80% da população total da Faixa de Gaza, conforme dados da UNRWA (Agência das Nações Unidas para os Refugiados Palestinos).

Desde o início do conflito, pelo menos 61 mil palestinos foram mortos, de acordo com o Ministério da Saúde de Gaza. O ministério, liderado pelo Hamas, não diferencia entre civis e combatentes na contagem, mas relata que mais de metade dos falecidos são mulheres e crianças. Israel alega que pelo menos 20 mil são combatentes do grupo extremista.

Alguns reféns foram recuperados por meio de dois acordos de cessar-fogo, e uma parte por meio das ações militares.

Aguardam-se, aproximadamente, 50 reféns em Gaza, dos quais cerca de 20 poderiam estar vivos.

À medida que o conflito prossegue, a situação humanitária se deteriora progressivamente no território palestino.

A ONU relata mais de mil mortes de pessoas que tentavam obter alimentos, a partir de maio, quando Israel alterou o sistema de distribuição de suprimentos na Faixa de Gaza.

Diariamente, surgem relatos de mortes por inanição devido à falta de assistência na Faixa de Gaza.

Israel declara que o conflito pode terminar com a rendição do Hamas, enquanto o grupo extremista exige avanços nas condições em Gaza para que o diálogo seja retomado.

Fonte por: CNN Brasil

Fluente em quatro idiomas e com experiência em coberturas internacionais, Ricardo Tavares explora o impacto global dos principais acontecimentos. Ele já reportou diretamente de zonas de conflito e acompanha as relações diplomáticas de perto.