Ataque israelense ceifa crianças que recolhiam água em Gaza, afirmam fontes oficiais
De acordo com o Ministério da Saúde palestino, vinculado ao Hamas, 139 corpos foram transportados para hospitais nas últimas 24 horas.
Várias crianças foram mortas em um ataque aéreo israelense em um ponto de distribuição de água no centro da Faixa de Gaza, de acordo com autoridades de saúde, em meio a diversas ofensivas mortais no território enquanto as negociações de cessar-fogo no Catar não avançam.
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As expectativas eram altas para as últimas negociações, mas após dias de reuniões, as partes se acusaram mutuamente de impedir um acordo, enquanto na área não houve trégua na campanha militar israelense, retomada após o último cessar-fogo ter fracassado em março.
O Ministério da Saúde palestino, vinculado ao Hamas, comunicou que 139 corpos foram transportados para hospitais de Gaza nas últimas 24 horas, com diversos feridos ainda presos nos escombros.
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O número é o mais elevado desde 2 de julho, elevando o total de mortos desde 7 de outubro de 2023 para 58.026, declarou o ministério.
A ocorrência se deu anteriormente ao ataque aéreo israelense de domingo, que ceifou a vida de seis crianças e mais quatro adultos em um ponto de distribuição de água no centro de Gaza, conforme relata o Hospital Al-Awda.
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Um vídeo da cena caótica revelou diversas vítimas, incluindo menores em meio a baldes e carregadores de água.
O exército israelense admitiu que um ataque aéreo contra um “terrorista da Jihad Islâmica” resultou em falha, com a munição caindo a dezenas de metros do alvo, indicando que o incidente está sob investigação.
No centro de Gaza, na segunda-feira, pelo menos 12 pessoas faleceram e mais de 40 ficaram feridas após um ataque aéreo israelense atingir um cruzamento movimentado, conforme relatado pelo Dr. Mohammed Abu Salmiya, diretor do Complexo Médico Al-Shifa, no centro da Cidade de Gaza.
Entre os falecidos está o médico renomado Ahmad Qandeel, considerado pelo Ministério da Saúde como “um dos profissionais médicos mais respeitados de Gaza”.
Fim de semana marcado por ataques e mortes em Gaza.
O elevado número de vítimas no domingo resultou de vários óbitos na sexta-feira (12).
As forças israelenses mataram 27 indivíduos e causaram ferimentos em muitos, ao dispararem contra pessoas que buscavam assistência em um ponto de distribuição próximo ao sul de Rafah, operado pela GHF (Fundação Humanitária de Gaza), com apoio dos Estados Unidos.
A GHF contestou a alegação, declarando que “não ocorreram incidentes em suas instalações ou em suas imediações” no sábado.
O exército israelense também negou que alguém tenha sido ferido por disparos de suas tropas na área, mas declarou que continua avaliando os relatos. A agência informou à CNN neste domingo que não tinha mais informações adicionais.
A Cruz Vermelha comunicou que seu hospital de campanha próximo à área acolheu 132 pacientes com ferimentos causados por disparos de arma de fogo.
O número de mortes atingiu 31, o maior registrado desde a abertura do hospital em maio de 2024, conforme dados do CICV.
A situação é inaceitável. A frequência alarmante e a escala desses incidentes com vítimas em massa evidenciam as condições terríveis que os civis em Gaza estão enfrentando.
Segundo o ACNUDH (Escritório do Alto Comissariado das Nações Unidas para os Direitos Humanos), quase 800 palestinos foram mortos ao tentar receber assistência em Gaza entre o final de maio e 7 de julho, período em que o GHF iniciou suas operações.
Em outras áreas de Gaza, 13 pessoas faleceram no sábado em ataques aéreos no campo de refugiados de Al-Shati, próximo à Cidade de Gaza, no norte do território, de acordo com Mohammed Abu Salmiya, diretor do Hospital Al-Shifa.
Salmiya informou à CNN que 40 pessoas ficaram feridas e foram hospitalizadas. Vídeos geolocalizados indicaram que pelo menos uma criança estava entre as vítimas.
As FDI (Forças de Defesa de Israel) anunciaram, neste domingo, que destruíram armas e túneis utilizados pelo Hamas no norte de Gaza e que a força aérea conduziu ataques a mais de 150 alvos em toda a Faixa de Gaza, incluindo “edifícios com armadilhas explosivas, depósitos de armas, mísseis antitanque e posições de atiradores de elite”.
Fonte por: CNN Brasil
Autor(a):
Sofia Martins
Com uma carreira que começou como stylist, Sofia Martins traz uma perspectiva única para a cobertura de moda. Seus textos combinam análise de tendências, dicas práticas e reflexões sobre a relação entre estilo e sociedade contemporânea.
