Associação Nacional de Comércio afirma que o comércio não deve ser impactado por políticas, após as taxas impostas por Trump
A taxa de 50% sobre os produtos brasileiros não se justifica para o setor do agronegócio.

A CNA (Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil) comunicou, na quinta-feira (10), que acompanha de perto a decisão dos Estados Unidos de aplicar tarifas de 50% sobre todas as importações brasileiras. Para a organização, a ação não se justifica considerando o passado das relações comerciais entre os dois países.
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A CNA declarou que a economia e o comércio não devem ser prejudicados indevidamente por questões políticas.
Em carta ao presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), o ex-presidente norte-americano Donald Trump declara existir uma conspiração, ao defender Jair Bolsonaro (PL). O ex-presidente brasileiro é réu na ação penal do STF (Supremo Tribunal Federal) que investiga a trama golpista após as eleições de 2022, sendo acusado de cinco crimes.
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Trump afirma no documento encaminhado ao governo brasileiro que a relação comercial entre os países é “muito injusta”, devido a desequilíbrios causados por “políticas tarifárias e não-tarifárias e pelas barreiras comerciais do Brasil”.
De acordo com Trump, a alíquota de 50% “é muito menor do que a necessária para termos condições de concorrência equitativas que devemos ter com o seu país”.
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A CNA ressalta, em nota, que a taxa adicional de 50% sobre os produtos brasileiros impacta negativamente as economias de ambos os países, gerando prejuízos para empresas e consumidores.
Toda análise das relações entre os Estados Unidos e o Brasil, seja no âmbito do comércio ou dos investimentos, conclui que essas relações sempre atenderam aos interesses de ambos os países, sem que haja qualquer desequilíbrio injusto ou indesejável.
Após o anúncio de Trump, o presidente Lula declarou que qualquer medida de elevação de tarifas de forma unilateral será respondida com base na lei brasileira de Reciprocidade Econômica.
A Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil (CNA) acompanha com atenção a decisão do Governo dos Estados Unidos de impor tarifas adicionais de 50% sobre todas as suas importações de produtos brasileiros. Esta medida unilateral não se justifica pelo histórico das relações comerciais entre os dois países, que sempre se desenvolveram em clima de cooperação e de equilíbrio, em estrita conformidade com os melhores princípios do livre comércio internacional.
Essas ações geram prejuízos nas economias de ambos os países, causando danos a empresas e consumidores. Qualquer análise das relações entre os Estados Unidos e o Brasil, seja no âmbito do comércio ou dos investimentos, concluirá sempre que essas relações serviram aos interesses de ambos os países, sem que haja qualquer desequilíbrio injusto ou indesejável.
Os Estados Unidos e o Brasil permanecerão sempre alinhados e não existem motivos para que essa situação se altere. Os produtores rurais brasileiros acreditam que essas questões só podem ser solucionadas em benefício mútuo através do diálogo constante e sem restrições entre os governos e seus setores privados. A economia e o comércio não podem ser prejudicados de forma desigual por questões políticas.
Nossa expectativa é que os canais diplomáticos sejam intensamente utilizados para que a razão e o pragmatismo se estabeleçam em benefício de todos, pois é o único caminho que serve ao entendimento e à prosperidade.
O Brasil ocupa a segunda maior taxa de juros reais no mundo, após o aumento da taxa Selic.
Fonte por: CNN Brasil
Autor(a):
Bianca Lemos
Ambientalista desde sempre, Bianca Lemos se dedica a reportagens que inspiram mudanças e conscientizam sobre as questões ambientais. Com uma abordagem sensível e dados bem fundamentados, seus textos chamam a atenção para a urgência do cuidado com o planeta.