Presidente da Abiquim revela que custo do gás no Brasil é maior que em países em guerra, afetando a competitividade. Confira no Poder360.
André Passos Cordeiro, presidente-executivo da Abiquim (Associação Brasileira da Indústria Química), afirmou na quarta-feira (22.out.2025) que é fundamental diminuir os custos de produção na indústria química do Brasil. Ele destacou a importância do acesso facilitado ao gás natural como combustível industrial.
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“Precisamos reduzir o custo de produção da matéria-prima da indústria química no Brasil através da desoneração de insumos. Estamos no limite para começar a diminuir nossa fabricação de produtos químicos”, declarou durante o seminário “Indústria química como pilar econômico da soberania nacional”.
O preço do gás natural no Brasil é influenciado por diversos fatores estruturais. Entre eles, destacam-se a falta de infraestrutura de transporte e distribuição, a alta carga tributária sobre o insumo e a baixa oferta interna em relação à demanda.
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A ANP (Agência Nacional de Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis) está conduzindo processos regulatórios que podem afetar os custos do gás natural para a indústria. A Consulta e Audiência Públicas nº 5 de 2025 aborda a minuta de resolução que regulamenta os critérios de cálculo das tarifas de transporte de gás natural.
A indústria nacional enfrenta uma capacidade ociosa recorde de 36%. Para que as fábricas sejam economicamente viáveis, esse índice deveria ser de 20%, segundo Passos. Ele ressaltou que o preço do gás no Brasil é injustificável, pois se iguala e até supera o custo em países em guerra.
De acordo com a Abiquim, o custo do gás natural no Brasil é de US$13,1/MMBtu (British Thermal Unit). Em comparação, outros países apresentam os seguintes preços:
O seminário “Indústria química como pilar econômico da soberania nacional” é promovido pelo Poder360, com apoio da Abiquim. O evento visa discutir o papel estratégico da indústria química no Brasil, que fornece insumos essenciais para diversos setores, incluindo agricultura, saúde e energia.
A mediação do seminário é realizada pelo editor sênior do Poder360, Paulo Silva Pinto. Entre os participantes estão:
Autor(a):
Apaixonada por cinema, música e literatura, Júlia Mendes é formada em Jornalismo pela Universidade Federal de São Paulo. Com uma década de experiência, ela já entrevistou artistas de renome e cobriu grandes festivais internacionais. Quando não está escrevendo, Júlia é vista em mostras de cinema ou explorando novas bandas independentes.