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As unidades escolares municipais estão fechadas

A padronização de edifícios escolares com a cor cinza representa mais do que uma simples decisão estética; é um projeto simbólico de eliminação.

Por: Ana Carolina Braga

18/07/2025 14:47

7 min de leitura

As unidades escolares municipais estão fechadas
(Imagem de reprodução da internet).

Destruíram tudo.

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Tinham pintado tudo de cinza.

A palavra no muro

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A superfície estava manchada de tinta.

Destruíram tudo.

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Tinham pintado tudo de cinza.

Restou no muro.

Tristeza e tinta fresca.

Marisa Monte e Arnaldo Antunes

A epígrafe que abre este texto não poderia ser outra: “Gentileza”. Atitude que tem faltado aos governantes que insistem em apagar a história com atos autoritários e onipotentes. Trata-se de uma música, desabafo de Marisa Monte e Arnaldo Antunes, pelo ato de um governo que decidiu pintar de cinza todos os viadutos da cidade cobrindo as palavras coloridas de Gentileza.

Gentileza, também chamado de Profeta Gentileza, foi um pregador urbano que se tornou conhecido por espalhar pela cidade do Rio de Janeiro palavras de amor, bondade e respeito. Em sua história de vida no campo aprendeu a amansar burros e, em sua história na cidade, dizia que seria “amansador dos burros homens da cidade que não tinham esclarecimento”.

A música em questão, ressoa como lamentação, mas também como denúncia, poderia reverberar nas escolas municipais de Porto Alegre, nas diversas comunidades que têm visto suas artes e autorias urbanas apagadas. Nossas escolas estão perdendo sua identidade, e uma escola precisa dialogar com a comunidade em que está inserida, valorizar a cultura e a vida dos estudantes, ser espaço onde os estudantes se sintam sujeitos do processo educativo.

A partir de uma decisão de uma autoridade governamental, o padrão para as escolas municipais será a cor cinza. A ordem para padronizar os edifícios escolares com essa cor é mais do que uma escolha estética – é um projeto simbólico de apagamento.

A cor que busca emoldurar narrativas em obras de arte, para quem desconhece a trajetória da rede municipal, se revela um simples ato de “apagar tudo”, mas para quem vivencia o dia a dia da escola, a tonalidade das paredes representa autorias, trazer cores às paredes escolares vai além de pintar, é uma assinatura, é tomar posse de um espaço de expressão, sendo assim, as cores não podem ser vistas apenas como decoração: são memória viva. São histórias contadas por pincéis coletivos, projetos pedagógicos que se transformaram em murais, manifestações de pertencimento, celebrações da comunidade. Há pinturas nas paredes e muros das escolas municipais que são representações de projetos e marcas de sabedoria que foram perpetuadas em gestos e cores. Para muitas escolas, ter seus muros coloridos e com grafites com a autoria dos estudantes e comunidade é um ato de celebração. Apagar essas cores não é apenas repintar muros e paredes – é apagar vozes, esconder processos de criação, neutralizar a potência do coletivo.

Cobrir tudo com o cinza, em nome de um suposto padrão, indica o desejo de silenciar narrativas distintas. Cada cor transmite um sentimento, cada traço possui um criador. Ao uniformizar com a frieza do cinza, busca-se também abafar as emoções, os sonhos, as identidades.

A investigação do sentido da cor cinza nos leva à representação da neutralidade. Pintar todos os prédios das escolas municipais de Porto Alegre de cinza seria a busca por uma neutralidade, um equilíbrio fabricado. Talvez esse seja o retrato mais fiel da tentativa de uma forma de fazer gestão: disfarçar o controle como equilíbrio, impor o silêncio como neutralidade.

Porto Alegre trilha um caminho de contradição, em oposição à pluralidade, ao passo que o mundo defende a diversidade, a inclusão, o respeito às culturas locais e escolares, em busca de um arco-íris de emoções. Nossos prédios escolares mantêm o cinza da neutralidade, como os dias cinzentos de inverno gaúcho; nossas escolas percebem a perda de sua identidade, muro a muro, traço a traço.

O coração aperta, pois quem está na escola deve lembrar da alegria de cada dia de colorir a escola, do respeito à autoridade, da alegria das crianças ao ver sua escola colorida, seu desenho na parede. Parece que Gentileza, espalhado em forças e resistência, ainda teria muito a dizer. Sua filosofia de vida na simplicidade está fazendo falta em Porto Alegre “para amansar os burros homens da cidade sem esclarecimento”.

A Base Nacional Comum Curricular (BNCC) considera a arte como uma das áreas do conhecimento fundamentais para a formação humana completa. Remover manifestações artísticas nos muros das escolas não é apenas uma decisão administrativa, mas também uma interferência direta em processos pedagógicos que envolvem criatividade, autoria, crítica social e sensibilidade estética. Recuperar a arte na escola é, portanto, uma ação educativa e política.

Utilizamos a Teoria da Subjetividade, elaborada por Fernando González Rey (1997, 2005), na qual entendemos que os sujeitos não são receptores inertes do mundo, mas sim construtores de significados subjetivos a partir de suas vivências concretas em contextos sociais, históricos e culturais. A escola, nesse contexto, representa um dos espaços mais influentes para essa produção subjetiva, devido ao entrelaçamento de narrativas, emoções, anseios e percepções compartilhadas. A remoção das cores das paredes escolares também visa controlar esses sentidos, restringindo a produção subjetiva em favor da lógica da homogeneização e da neutralidade impostas.

As escolas públicas não são meros locais de transmissão de conteúdos, mas espaços de produção de sentidos, onde a subjetividade de estudantes e educadores se constitui em meio às relações e práticas vividas (Gonzalez Rey, 2005). Ao remover os traços autorais presentes nos muros escolares, nega-se a função mediadora do espaço na constituição subjetiva dos sujeitos, limitando a escola a um espaço normativo e silenciador.

Segundo González Rey, os espaços sociais funcionam como configurações subjetivas, isto é, contextos simbólicos e relacionais nos quais os sujeitos constroem e ressignificam suas experiências. O ambiente escolar colorido, com grafites feitos por estudantes e projetos desenvolvidos com a comunidade, é um desses contextos mediadores, nos quais a subjetividade se constitui em diálogo com a expressão, a participação e o reconhecimento. Ao transformar esses espaços em estruturas cinzentas, desprovidas de vida, corre-se o risco de produzir subjetividades silenciadas, desmotivadas e alienadas do processo educativo.

Freire (1996) já alertava para os riscos de uma educação que silencia e não dialoga com a realidade concreta dos estudantes. Impor uma única estética – o cinza – é desconsiderar o conhecimento que emerge da experiência escolar e comunitária, negando o direito à expressão de sujeitos historicamente invisibilizados.

O cinza apaga a alegria das crianças ao ver seus desenhos na parede. Apaga-se a liberdade dos corpos em movimento. Apaga-se o grito criativo dos estudantes que ousaram ocupar o espaço público com cor e pensamento. Apaga-se o desejo de destacar as diferenças, de afirmar as singularidades, de viver o pertencimento. Apaga-se a identidade e pertencimento da escola.

Em cada comunidade, a escola se destacava entre as casas e prédios, com um colorido que atraía os moradores e visitantes: “É ali a escola”. Era um convite e uma mensagem: território de sonhos e oportunidades. Pois, como afirma Rubem Alves, “há escolas que são asas” e asas são multicores. Escolas que são asas percebem sujeitos, singularidades, expressões, escolas que são gaiolas aprisionam, normatizam, uniformizam.

O tom cinza que veste as paredes busca também impregnar a escola como espaço de existência, manifestação e criação compartilhada. Contudo, Gentileza, mesmo oculto, persiste em cada traço discreto: “O amor é essencial”. Pois pintar de cinza é simples. Difícil é resgatar o fulgor do que foi silenciado. E, como nos revela a própria arte, nenhum pigmento é suficientemente potente para extinguir uma lembrança pulsante. Que sejamos cores em meio aos cinzentos.

Grupo de Educadores que atuam em prol da Inclusão Escolar.

Este é um artigo de opinião e não necessariamente reflete a linha editorial do jornal Brasil de Fato.

Fonte por: Brasil de Fato

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Foto do Ana Carolina Braga

Autor(a):

Ana Carolina Braga

Ana Carolina é engenheira de software e jornalista especializada em tecnologia. Ela traduz conceitos complexos em conteúdos acessíveis e instigantes. Ana também cobre tendências em startups, inteligência artificial e segurança cibernética, unindo seu amor pela escrita e pelo mundo digital.

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