Atletas utilizaram camisas com a frase “Paguem o que nos devem” no aquecimento antes de um jogo, em 19 de julho.
As principais jogadoras da WNBA, liga de basquete feminina dos Estados Unidos, protestaram no sábado (19.jul.2025) em busca de melhores salários e maior participação nos lucros do All-Star Game.
CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE
A ocorrência se deu durante o aquecimento para a partida que reúne os principais jogadores da competição.
Formulário de cadastro
As atletas usaram camisas com a frase “Pay us what you owe us”, manifestando abertamente sua insatisfação com os valores financeiros propostos pela entidade.
A diferença entre as ligas masculina e feminina de basquete nos EUA é clara nos valores. A WNBA recebe apenas 10% da receita, ao passo que a NBA (National Basketball Association) distribui 50% dos lucros aos jogadores.
CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE
A remuneração também é significativa. Uma jogadora iniciante escolhida na primeira rodada do Draft da WNBA recebe entre US$ 66.000 (R$ 368,7 mil) e US$ 76.535 (R$ 427,6 mil) anualmente. Um novato na NBA recebe, no mínimo, US$ 1,1 milhão (R$ 6,4 milhões) em sua temporada de estreia.
O protesto teve a participação das principais atletas da liga norte-americana, compreendendo estrelas internacionais e jogadoras de vários clubes. Dentre elas, estavam as brasileiras Kamilla Cardoso e Damiris Dantas, que representam o basquete nacional na competição.
A expressão se dá em um momento de crescimento na popularidade e audiência da WNBA nos últimos anos, apesar da manutenção das condições financeiras atuais.
Caitlin Clark, vista como a principal atleta da WNBA e integrante do Indiana Fever, está em seu segundo ano na competição, com um salário anual de R$ 427,6 mil.
O Brasil conta com duas jogadoras na WNBA. A pivô Kamilla Cardoso, com 24 anos, defende o Chicago Sky e foi escolhida na terceira posição do Draft na temporada anterior, sendo considerada uma das melhores novatas. A ala-pivô Damiris Dantas, de 32 anos, disputa a liga norte-americana pelo Indiana Fever e realizou sua estreia em 2014.
Devido à remuneração limitada na WNBA, diversas jogadoras procuram aumentar seus ganhos atuando em ligas internacionais, sobretudo na Europa e na Ásia, durante suas férias nos Estados Unidos.
Não há informações divulgadas sobre possíveis negociações entre a liga e as atletas para revisão dos termos atuais de remuneração.
Fonte por: Poder 360
Autor(a):
Ex-jogador de futebol profissional, Pedro Santana trocou os campos pela redação. Hoje, ele escreve análises detalhadas e bastidores de esportes, com um olhar único de quem já viveu o outro lado. Seus textos envolvem os leitores e criam discussões apaixonadas entre fãs.