Aragão avalia que Haddad perdeu força como alternativa para a disputa presidencial de 2026
Murillo de Aragão, diretor-executivo da Arko Advice, ressalta dificuldades do governo Lula e indica Fernando Haddad como alternativa desgastada para a sucessão.

O cientista político e CEO da consultoria de risco político Arko Advice, Murillo de Aragão, realizou, durante sua participação no WW, uma análise sobre as perspectivas políticas para as eleições de 2026, com foco na situação do governo atual e nas possibilidades de sucessão.
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Aragão apontou que o governo Lula enfrenta dificuldades consideráveis para recuperar a imagem positiva perdida, enfatizando que o presidente tem apenas um ano para reduzir a alta rejeição, que se situa atualmente em aproximadamente 56 e 57%. Segundo o analista, com esse patamar de rejeição, a reeleição seria pouco provável.
O especialista destacou que o governo Lula “nunca decolou” e agora se encontra na necessidade de “preparar a aterrissagem”. Aragão enfatizou que a condução da política continua “muito atrapalhada”, citando problemas nas negociações com o Congresso e questões controversas como o IOF, o PIX e o INSS.
Ademais, Aragão percebeu que a maioria dos atores políticos em Brasília acredita que o governo já está em fase de “final de jogo”, vivenciando o “tempo da prorrogação”.
Ele destacou que as promessas de renovação do governo Lula para 2025 não se cumpriram, e os indicadores sugerem que não acontecerão.
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Quanto à sucessão, Aragão afirmou que Lula é candidato “porque não existe outro candidato”. Ele mencionou que Fernando Haddad, que seria uma opção natural, “está desgastado por conta de todas as questões econômicas”, e os demais nomes potenciais são considerados de “série B ou série C”.
O analista também comentou sobre o cenário da direita política, observando que se está em construção um nome para substituir Bolsonaro, que está inelegível.
Segundo Aragão, procura-se um candidato com atributos distintos de Bolsonaro, como bom relacionamento com a imprensa, com o Judiciário e com o centro, além de uma agenda econômica liberalista definida.
Fonte por: CNN Brasil
Autor(a):
Júlia Mendes
Apaixonada por cinema, música e literatura, Júlia Mendes é formada em Jornalismo pela Universidade Federal de São Paulo. Com uma década de experiência, ela já entrevistou artistas de renome e cobriu grandes festivais internacionais. Quando não está escrevendo, Júlia é vista em mostras de cinema ou explorando novas bandas independentes.