“Aqui ninguém põe a mão”, declara Lula sobre o interesse dos EUA por minerais do Brasil

Em meio às tensões comerciais entre os países, o presidente defendeu a proteção dos recursos naturais; Geraldo Alckmin não descarta a possibilidade de u…

25/07/2025 8:19

2 min de leitura

“Aqui ninguém põe a mão”, declara Lula sobre o interesse dos EUA por minerais do Brasil
(Imagem de reprodução da internet).

Na última quinta-feira (24), o presidente Luiz Inácio Lula da Silva adotou um tom inflexível em relação ao interesse dos Estados Unidos na exploração de terras raras e minerais estratégicos no Brasil, declarando que “aqui ninguém põe a mão”. A afirmação ocorreu um dia após o encarregado de negócios da embaixada americana, Gabriel Escobar, se reunir com o setor de mineração brasileiro.

CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE

Em contrapartida, o vice-presidente Geraldo Alckmin mostrou-se mais conciliador, afirmando que o Brasil não descarta a possibilidade de um acordo com os EUA para a exportação desses recursos.

Durante um evento público, o presidente Lula afirmou: “Este país é do povo brasileiro!”. A declaração foi uma reação direta ao interesse demonstrado por diplomatas americanos nos minerais estratégicos do Brasil, cruciais para tecnologias avançadas, como veículos elétricos, energia solar e equipamentos de defesa. Enquanto Lula mantém uma postura de soberania nacional, o vice-presidente Geraldo Alckmin atua nos bastidores diplomáticos. Ele confirmou ter conversado por telefone com o secretário de Comércio norte-americano e ressaltou que o Brasil está aberto ao diálogo. “Não é possível um país sofrer uma injustiça dessa”, disse Alckmin, referindo-se a possíveis sobretaxas dos EUA, defendendo que não há razão econômica para tal medida e que o governo se empenha em “resolver” a questão.

Leia também:

O interesse dos Estados Unidos pelos minerais brasileiros aumenta em razão da disputa global com a China, principal detentora de terras raras. O Brasil ocupa a segunda maior reserva conhecida do mundo, o que o coloca como um ator importante na corrida pela transição energética e tecnológica. A questão se torna ainda mais relevante devido à possibilidade de uma “tarifa”, uma sobretaxa de 50% que o governo americano, sob a influência de Donald Trump, pode aplicar a produtos brasileiros. Segundo o ministro Fernando Haddad, a medida impactaria mais de 10 mil empresas no país. Para fortalecer a negociação, uma comitiva de senadores brasileiros se desloca a Washington nesta semana para reuniões na capital americana, buscando evitar as tarifas e estabelecer um caminho para a cooperação bilateral.

Com informações de Matheus Dias

CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE

Reportagem elaborada com a ajuda de inteligência artificial.

Fonte por: Jovem Pan

Autor(a):

Com formação em Jornalismo e especialização em Saúde Pública, Lara Campos é a voz por trás de matérias que descomplicam temas médicos e promovem o bem-estar. Ela colabora com especialistas para garantir informações confiáveis e práticas para os leitores.